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Witzel nega participação em crimes e diz que interferência de Bolsonaro está 'oficializada'

A Polícia Federal realizou nesta terça-feira (26) um mandado de busca e apreensão na residência do governador do Rio de Janeiro, Wilson Witzel, por suspeita de desvios verba em ações de combate à pandemia de COVID-19.
Sputnik

O governador negou qualquer tipo de participação em esquemas de fraude na área da saúde e acusou o presidente Jair Bolsonaro de interferir na Polícia Federal, que realizou doze mandados de busca e apreensão nesta manhã.

"Não há absolutamente nenhuma participação ou autoria minha em nenhum tipo de irregularidade nas questões que envolvem as denúncias apresentadas pelo Ministério Público Federal. Estranha-me e indigna-me sobremaneira o fato absolutamente claro de que deputados bolsonaristas tenham anunciado em redes sociais nos últimos dias uma operação da Polícia Federal direcionada a mim, o que demonstra limpidamente que houve vazamento, com a construção de uma narrativa que jamais se confirmará", afirmou Witzel.

"A interferência anunciada pelo presidente da república está devidamente oficializada". Estou à disposição da Justiça, meus sigilos abertos e estou tranquilo sobre o desdobramento dos fatos. Sigo em alinhamento com a Justiça para que se apure rapidamente os fatos. Não abandonarei meus princípios e muito menos o Estado do Rio de Janeiro", acrescentou o governador em nota, citada pelo G1.

Wilson Witzel tem sido alvo de ataques do presidente Jair Bolsonaro por conta das medidas de isolamento social adotadas durante a pandemia de coronavírus no Rio de Janeiro.

A ação da Polícia Federal faz parte da Operação Placebo, que investiga suspeitas de desvios ilegais ligados à construção de hospitais de campanha para o combate à COVID-19.

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