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Mortes por COVID-19 no Brasil podem ultrapassar 125 mil em agosto, diz estudo dos EUA

À medida que a taxa diária de mortes da COVID-19 no Brasil sobe para a mais alta do mundo, um estudo da Universidade de Washington está alertando que o número total de mortes pode subir cinco vezes para 125 mil no início de agosto, aumentando o medo de que se torne o grande epicentro do mundo da pandemia.
Sputnik

A previsão do Instituto de Métricas e Avaliação em Saúde (IHME) da Universidade de Washington, divulgada quando o número de mortes diárias no Brasil ultrapassou a dos Estados Unidos na segunda-feira (25), veio com um pedido de bloqueios aos quais o presidente do Brasil resistiu.

"O Brasil deve seguir a liderança de Wuhan, China, Itália, Espanha e Nova York, aplicando decretos e medidas para obter o controle de uma epidemia em rápida evolução e reduzir a transmissão do coronavírus", escreveu o diretor do IHME, Dr. Christopher Murray.

Sem essas medidas, o modelo do instituto mostra que o número de mortes diárias no Brasil pode continuar subindo até meados de julho, provocando escassez de recursos hospitalares críticos no Brasil, explicou ele em comunicado que acompanha as descobertas.

Na segunda-feira (25), as mortes de coronavírus no Brasil relatadas nas últimas 24 horas foram maiores que as mortes nos Estados Unidos pela primeira vez, segundo o Ministério da Saúde. O Brasil registrou 807 mortes e 620 morreram nos Estados Unidos.

Mortes por COVID-19 no Brasil podem ultrapassar 125 mil em agosto, diz estudo dos EUA

O governo dos EUA na segunda-feira (25) antecipou a aplicação de restrições às viagens advindas do Brasil, já que o país sul-americano registrou o maior número de mortos no mundo naquele dia.

A proibição de Washington se aplica a estrangeiros que viajam para os EUA se estiveram no Brasil nas últimas duas semanas. Dois dias antes, o Brasil ultrapassou a Rússia como o número dois do mundo na quantidade de casos confirmados, depois dos Estados Unidos.

Murray declarou que a previsão do IHME captura os efeitos dos mandatos de distanciamento social, tendências de mobilidade e capacidade de teste, para que as projeções possam mudar junto com as mudanças nas políticas.

O modelo será atualizado regularmente à medida que novos dados forem divulgados sobre casos, hospitalizações, mortes, testes e mobilidade.

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