Reino Unido tem consumo de energia mais baixo em dias úteis desde 1982

Nesta quinta-feira (21), foi divulgada a pesquisa Electric Insights Quarterly que revela que o Reino Unido registrou seus níveis mais baixos de consumo de energia elétrica em dias úteis desde 1982.
Sputnik

Segundo os dados da pesquisa, o consumo de energia dos britânicos nos dias da semana caiu 13% ao longo do confinamento imposto no país para conter a pandemia do novo coronavírus. A publicação aponta que foi justamente a mudança nas características de trabalho que fizeram com que a queda fosse registrada.

"Em 23 de março, o Reino Unido tomou medidas sem precedentes para conter o coronavírus. A maioria dos negócios que ainda não fechou mudou-se para a Internet, com milhões de pessoas trabalhando agora dentro de suas casas. Isso teve um enorme impacto na demanda de eletricidade: o consumo durante a semana caiu 13% e chegou aos níveis mais baixos desde 1982 - época em que havia 10 milhões de pessoas a menos no país e o PIB era um terço menor do que hoje", explica o documento.

Segundo a pesquisa, a demanda caiu com o fechamento de empresas e instalações educacionais, enquanto o transporte público passou a executar um "serviço reduzido". Apesar disso, o consumo de eletricidade das famílias aumentou.

Reino Unido tem consumo de energia mais baixo em dias úteis desde 1982

Outros países europeus, como Itália, Espanha e França, também tiveram uma queda similar de 10 a 15% na demanda por eletricidade, de acordo com uma pesquisa da Ember, um think-tank focado no setor de energia.

No Reino Unido, a tendência pode ser revertida em breve, já que o país anunciou planos para relaxar as restrições relacionadas ao novo coronavírus no início deste mês. Como parte da nova orientação proposta pelo governo, foi dito aos que não conseguem trabalhar em casa que voltem ao trabalho.

Apesar das medidas de contenção da pandemia, o Reino Unido segue como o segundo país com mais mortes causadas pela COVID-19 no mundo. Até esta quinta-feira (21), o país registrou 36.124 mortos e 252.234 casos confirmados, segundo o painel da Universidade Johns Hopkins.

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