Trump dá ultimato à OMS após divulgar lista de 'erros' da organização no início da pandemia

Presidente americano acusa OMS de cometer erros no início da pandemia da COVID-19 e ameaça sair da organização caso essa não passe por reforma em 30 dias.
Sputnik

Donald Trump, presidente dos EUA, afirmou que seu governo conduziu uma investigação sobre o trabalho da Organização Mundial da Saúde (OMS) em relação ao início da pandemia do coronavírus, no final de 2019.

De acordo com Trump, a investigação apontou erros que a OMS teria cometido, afirmando que a organização teria trabalhado a favor da China.

"A Organização Mundial da Saúde ignorou sistematicamente reportes confiáveis sobre a propagação do vírus em Wuhan no início de dezembro de 2019 ou até mais cedo, incluindo reportes do jornal médico Lancet", afirmou o presidente em carta direcionada ao diretor-geral da OMS, Dr. Tedros Ghebreyesus, e publicada em seu Twitter.

"É evidente que as repetidas falhas de sua parte e de sua organização em responder à pandemia têm sido extremamente caras para o mundo", escreveu Trump.

A organização foi acusada de saber que havia uma situação preocupante "de saúde pública" em Wuhan e não avisar o mundo.

Da mesma forma, a China também teria errado ao não reportar ao mundo sobre o início da propagação do SARS-CoV-2 a tempo, segundo Trump.

Sendo assim, a "falha em pressionar a China" para receber agentes de saúde da OMS de "forma oportuna" por parte da organização também foi objeto de crítica pela autoridade americana.

"O senhor parabenizou as restrições de viagens internas da China, mas inexplicavelmente foi contra o fato de eu fechar as fronteiras dos EUA, ou a proibição de entrada de pessoas vindas da China", acrescentou Trump.

Ultimato

Na carta de quatro páginas, além de apontar supostos erros da OMS e voltar a incriminar a China no contexto da pandemia, Trump expressou a possibilidade de seu país abandonar a OMS.

"Minha administração já discutiu com você em como reformar a organização. Porém, é necessária uma ação rápida [...] Por isso, é meu dever como presidente dos EUA lhe informar que, se a OMS não realizar melhorias substanciais nos próximos 30 dias, eu tornarei permanente meu congelamento do financiamento dos EUA à OMS e reconsiderarei nossa filiação na organização", afirmou.

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