Rússia critica ameaças de Trump contra OMS: alegações dos EUA são insustentáveis

Rússia condena as ameaças feitas pelo presidente dos EUA, Donald Trump, de retirar os Estados Unidos da Organização Mundial da Saúde devido a seu manejo da situação da pandemia do novo coronavírus.
Sputnik

Rússia rejeita as ameaças dos EUA contra a OMS, as alegações dos EUA são insustentáveis, afirmou Gennady Gatilov, o representante permanente da Rússia junto do Escritório das Nações Unidas em Genebra.

"É evidente que nós estamos contra [as alegações dos EUA], porque tanto nós como em princípio a maioria da comunidade internacional acreditamos que a OMS é exatamente aquela organização que deve coordenar a nível internacional as atividades dos Estados em matéria da saúde, e neste momento a prioridade é combater o coronavírus", disse Gatilov.

"Estes ataques de Washington à OMS são simplesmente insustentáveis. Se a OMS foi acusada de não ser transparente e ser ineficaz, então como devemos avaliar a situação de que, na sede da organização, a direção da OMS é composta por aproximadamente 90% de especialistas americanos, que ocupam posições de liderança, e eles estavam bem cientes tanto do início da pandemia, como de seu desenvolvimento", comentou.

Além disso, o representante permanente da Rússia salientou que "os EUA são um elemento importante na arena internacional, um membro importante do sistema da Organização Mundial da Saúde, e seria muito triste perder os EUA como parceiro".

Anteriormente, o presidente dos EUA Donald Trump acusou a OMS de cometer erros no início da pandemia do novo coronavírus, ameaçando sair da organização caso essa não implemente reformas em 30 dias.

Donald Trump afirmou que seu governo realizou uma investigação sobre o desempenho da OMS em relação ao início da pandemia do coronavírus, no final de 2019. De acordo com ele, a investigação apontou erros que a OMS teria cometido, afirmando que a organização teria trabalhado a favor da China.

"A Organização Mundial da Saúde ignorou sistematicamente reportes confiáveis sobre a propagação do vírus em Wuhan no início de dezembro de 2019, ou até mais cedo, incluindo reportes da revista médica Lancet", afirmou o presidente em carta dirigida ao diretor-geral da OMS, Dr. Tedros Ghebreyesus, e publicada em seu Twitter.

Na carta de quatro páginas, além de apontar supostos erros da OMS e voltar a incriminar a China no contexto da pandemia, Trump expressou a possibilidade de seu país abandonar a OMS.

Comentar