Novo tratamento pode salvar pacientes com COVID-19

Os anticoagulantes podem ajudar a salvar a vida de pacientes com COVID-19, defendem médicos britânicos, o que significaria um grande avanço na busca de um tratamento para o novo coronavírus.
Sputnik

O que começou por ser um palpite, agora está se tornando uma realidade. Especialistas do Departamento de Falência Respiratória do Royal Brompton Hospital de Londres (Reino Unido) estabeleceram uma ligação clara entre a doença COVID-19 e a coagulação sanguínea, utilizando scanners de tomografia computadorizada de dupla energia.

Com esse recurso, os especialistas obtiveram imagens da função pulmonar em seus pacientes mais severamente afetados, informa o portal Express & Star News.

Todas as pessoas testadas sofriam de problemas de circulação sanguínea devido à coagulação nos pequenos vasos, o que explica em parte por que alguns pacientes faleciam de insuficiência respiratória por falta de oxigênio no sangue.

Baixos níveis de oxigênio têm sido consistentemente documentados em pacientes COVID-19 que, contudo, não relatavam falta de ar.

"Os anticoagulantes, se implementados adequadamente, salvarão vidas", assegura Brijesh Patel, membro da equipe.

Novo tratamento pode salvar pacientes com COVID-19

De acordo com o portal, o Serviço Nacional de Saúde do Reino Unido (NHS, na sigla em inglês) deve em breve recomendar aos hospitais o uso de anticoagulantes para pacientes críticos.

Contudo, os pesquisadores notaram a necessidade de cautela no uso de anticoagulantes, pois tornam o sangue mais líquido e, por isso, podem ter consequências perigosas. Alertaram, por isso, para a necessidade de uma "abordagem personalizada", frisando que o tratamento deveria ser iniciado o mais cedo possível para evitar a formação de coágulos.

"Temos de agir da maneira certa, senão poderemos causar danos", advertiu Patel.

A equipe tratou e estudou mais de 150 pacientes gravemente afetados no Reino Unido e estabeleceu que os danos pulmonares eram "muito mais notórios" naqueles com COVID-19 do que nos doentes com outro tipo de insuficiência respiratória , acrescentou o portal.

Patel não tem dúvidas que, tendo visto "mais de 150 pacientes que passaram pelo Royal Brompton [...], aprendemos muito sobre eles".

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