Estruturas incomuns são achadas em fósseis de 'estrelas e ouriços-do-mar' de 80 milhões de anos

Cientistas descobrem estruturas ocas de formato hexagonal e pentagonal em fósseis de possíveis estrelas e ouriços-do-mar que teriam ajudado animais a se proteger e flutuar em ambiente hostil.
Sputnik

As estruturas esféricas foram percebidas casualmente por cientistas da Universidade da Austrália Ocidental e da Universidade de Cambridge, Reino Unido, enquanto estudavam coleções de museus britânicos.

Chamadas de fulerenos, tais estruturas geométricas de carbono foram encontradas em duas espécies de crinoides: a Uintacrinus socialis e a Marsupites testudinarius. A descoberta do estudo dos cientistas foi publicada no portal Palaeontology.

Os pesquisadores acreditam que tais estruturas teriam tido dupla utilidade: como uma câmara de flutuação para permitir que tais organismos crinoides se movessem na água do mar e como forma de proteção em oceanos mais rasos e muito "perigosos" com predadores como caranguejos e peixes há milhões de anos.

"A sobrevivência era crítica e as estruturas em forma de bola, capazes de suportar cargas muito pesadas, se formaram ao seu redor para protegê-los dos danos do oceano e ajudá-los a flutuar", apontou o coautor do estudo Aaron Hunter.

Achado incomum

Ainda de acordo com Hunter, "é a primeira vez" que cientistas encontram estruturas destes tipos em fósseis. Os fósseis em questão seriam de estrelas e ouriços-do-mar e teriam 80 milhões de anos.

A estrutura de carbono é semelhante à molécula de carbono buckminsterfulereno, que recebeu este nome em homenagem ao arquiteto Buckminster Fuller, que popularizou uma estrutura de forma similar (cúpula geodésica) na década de 40.

Apesar da sua resistência diante de mordidas de um predador, cientistas indagam por que estruturas tão exitosas não evoluíram novamente.

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