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IBGE: Brasil tem queda no comércio e setor de veículos despenca 36%

Nesta quarta-feira (13), o Instituto Brasileiro de Geografia Estatística (IBGE) divulgou novos dados sobre o comércio varejista no Brasil.
Sputnik

Segundo o IBGE, o setor registrou queda de 2,5% no mês de março deste ano, na comparação com as vendas de fevereiro. O resultado é o pior para o mês de março desde 2003, quando o comércio caiu 2,7%. A taxa também é o pior resultado mensal desde janeiro de 2016, quando o comércio encolheu 2,6%.

Ainda segundo publicou o IBGE, o comércio caiu 1,2% em comparação com o mesmo mês de 2019. Essa foi a primeira queda após 11 meses, na comparação anual.

O mês de março foi o mês de início das medidas de isolamento social em função da pandemia da COVID-19 no Brasil. Diversos estados e municípios decretaram o fechamento do comércio e escolas impulsionando o isolamento social no país.

A taxa de crescimento do comércio em fevereiro, em relação a janeiro, também revisada pelo IBGE, saindo de uma alta de 1,2%, para uma taxa positiva de 0,5%. O IBGE também aponta que o comércio acumula alta de 1,6% no ano e queda de 2% no 1º trimestre em comparação com o último trimestre de 2019.

IBGE: Brasil tem queda no comércio e setor de veículos despenca 36%

Vendas nos supermercados sobem e varejo de veículos despenca

Os dados do IBGE apontam que o setor de hipermercados, supermercados, produtos alimentícios e bebidas cresceu 14,6% e o de artigos farmacêuticos, médicos, ortopédicos, de perfumaria e cosméticos, cresceu 1,3%.

No entanto, houve quedas de 42,2% nas vendas de tecidos, vestuário e calçados, de 36,1% no segmento de livros, jornais, revistas e papelaria, de 27,4% em outros artigos de uso pessoal e doméstico, e de 25,9% no segmento de móveis e eletrodomésticos.

A queda do setor de comércio varejista foi ainda maior no chamado comércio varejista ampliado, que inclui veículos e materiais de construção. Nessa perspectiva, a queda das vendas em março chegou a 13,7%, a mais intensa queda desde fevereiro de 2003, o início da série de dados.

Apenas o setor de veículos, motos, partes e peças teve queda de 36,4%, enquanto o setor de material de construção teve recuo de 17,1%.

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