COVID-19 seria sexualmente transmissível, aponta estudo

Cientistas chineses detectaram a presença do coronavírus SARS-CoV-2 em sêmen de pelo menos seis homens entre 38 que testaram positivo para a COVID-19 e que sofriam da doença em estágios diferentes.
Sputnik

Enquanto investigadores do mundo todo estudam os meios de transmissão do coronavírus causador da pandemia mundial, um grupo de cientistas chineses decidiu obter amostras de sêmen de pelo menos 50 homens cujos testes deram positivo para a doença.

Do total, 12 homens foram desclassificados da pesquisa por dificuldade de ereção enquanto sofriam da doença.

Sendo assim, foram coletadas amostras de sêmen de 38 homens, tendo o resultado do estudo sido publicado pela revista científica Jama Network Open.

Resultados

De acordo com os pesquisadores, dos 38 pacientes, seis (15,8%) tiveram a presença do SARS-CoV-2 confirmada no fluído orgânico.

Dos seis, quatro faziam parte de um grupo de 15 que apresentavam o quadro mais agudo da doença, e os outros dois estavam em fase de recuperação.

Ainda segundo o estudo, a presença do coronavírus no sêmen dos pacientes não apresentou grande variação por idade, quadro de doenças urológicas e tempo de hospitalização e recuperação.

Apesar da dificuldade do coronavírus em se reproduzir no sistema sexual masculino, o vírus poderia persistir no sêmen do contagiado, segundo os cientistas, que acreditam que a infiltração do patógeno no sêmen pode ser facilitada por uma inflamação sistêmica.

Desta forma, os cientistas apontaram para a possibilidade do SARS-CoV-2 passar de pessoa para pessoa através do ato sexual, embora ainda faltem estudos com uma amostra maior para confirmar tal possibilidade.

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