China inicia testes com sua nova moeda digital

Na semana que vem, a China irá começar a testar sua nova moeda digital, o e-RMB, nas quatro principais cidades do país, informou a mídia local.
Sputnik

Em meio à pandemia de COVID-19, o Banco Central chinês intensificou os trabalhos para lançar a nova moeda digital do país, o e-RMB. A moeda digital será a primeira a ser operada por uma grande economia.

O país já teria iniciado testes em algumas cidades, como Shenzhen, Suzhou, Chengdu, além de uma região ao sul de Pequim, chamada Xiong'an, e regiões que sediarão alguns dos eventos dos Jogos Olímpicos de Inverno de 2022 em Pequim.

O jornal Daily China informou que alguns funcionários do governo dessas localidades devem receber os seus salários na moeda digital a partir do mês de maio.

O portal Sina News informou que a moeda digital será adotada pelo sistema de transporte público de Suzhou, enquanto na região de Xiong'na os testes com a moeda devem se concentrar nos setores de alimentos e varejo.
Alguns meios de comunicação afirmaram que empresas como McDonald's e Starbucks concordaram em fazer parte dos testes com o e-RMB.

China inicia testes com sua nova moeda digital

Xu Yuan, professor associado do instituto nacional de pesquisa de desenvolvimento da Universidade de Pequim, disse à emissora local CCTV que as transações realizadas durante o teste foram feitas off-line, por isso, o Banco Central ainda não está monitorando seu fluxo de caixa em tempo real.

"Embora haja pouca mudança do ponto de vista do usuário, é a maior mudança de todos os tempos em relação à supervisão do Banco Central, nas suas formas de [providenciar] financiamento e pagamentos no futuro", disse Xu.

Em 17 de abril, o instituto de pesquisa em moeda digital do Banco Popular da China, que está desenvolvendo o sistema do e-RMB, disse que a pesquisa e o desenvolvimento de um renminbi digital estavam "avançando de forma consistente".

A moeda digital soberana, que será atrelada à moeda nacional, está em desenvolvimento há alguns anos. Com o lançamento, o uso do papel-moeda deve declinar significativamente, principalmente conforme os consumidores evitam o contato físico durante a pandemia de coronavírus.

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