Putin propõe ao governo repassar dinheiro para empresas pagarem salários durante crise da COVID-19

Vladimir Putin propôs ajuda de 200 bilhões de rublos (cerca de R$ 17 bilhões) para manutenção dos orçamentos das regiões da Rússia em meio à pandemia.
Sputnik

Em pronunciamento em cadeia televisiva nacional de hoje (15), o presidente da Rússia, Vladimir Putin, propôs novas medidas de ajuda do governo diante a propagação da pandemia.

Entre os destinatários da ajuda estarão empresas cuja produção é fundamental ao país.

"Em relação às empresas fundamentais, peço ao governo que crie uma lista [com seus nomes], tendo por base critérios coerentes, claros e objetivos. Nesta lista deverão estar empresas de importância exclusiva para a economia nacional", declarou o presidente durante reunião com membros do governo russo.

Foi proposta igualmente uma redução de 6% nos juros de empréstimos concedidos às empresas fundamentais.

"Além disso, metade do empréstimo [a empresas fundamentais] terá como garante o Ministério das Finanças da Rússia, o que dará estímulos adicionais aos bancos na liberação de crédito e diminuirá os riscos ao sistema bancário", acrescentou.

Também foi estipulada ajuda do governo no pagamento de salários de funcionários de empresas de pequeno e médio porte a partir de 18 de maio.

Ajuda aos médicos

Também o presidente propôs a isenção de cobrança de impostos sobre renda aos médicos que estão envolvidos no combate ao coronavírus.

Anteriormente o presidente já havia anunciado ajuda aos funcionários da saúde do país.

"Eu anunciei os respectivos valores, 80 mil rublos [cerca de R$ 5.600] como pagamento adicional pelo trabalho com doentes do coronavírus aos agentes de saúde e médicos", acrescentou.

Direitos trabalhistas

Enquanto parte dos trabalhadores da Rússia exercem suas funções à distância, Putin pediu aos membros do governo, em particular ao ministro do Trabalho Anton Kotyakov, prestar maior atenção ao cumprimento dos direitos trabalhistas daqueles que passaram a trabalhar em casa.

"Eu peço que controlem com a maior atenção possível o cumprimento dos direitos trabalhistas daqueles que foram transferidos para o regime de trabalho à distância", afirmou.

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