Dividida em seis episódios, a obra, produzida por meio de financiamento coletivo, foi ao ar na última segunda-feira (13), com o episódio "O povo da Rua". Gravado em São Paulo, este trata das dificuldades da população em situação de rua e usuária de drogas, que, segundo a prefeitura, seria formada por 25 mil pessoas, com base em dados de 2019.
Dirigida pela profissional e pesquisadora em saúde pública Ellen Francisco, "Na fila do SUS" retrata ataques ao Sistema Único de Saúde em três diferentes perspectivas, além do impacto do surto do novo coronavírus em diferentes cenários.
Além do episódio de estreia, já disponibilizado, a série conta com "Mulheres indígenas", programado para o próximo dia 20, "Favela Nós por Nós" (27), "COVID-19" (4 de maio), "Sistema Único de Saúde" (11 de maio) e "Uberização da Vida" (18 de maio).
"A atual situação da saúde evidenciada pela pandemia da COVID-19 soa como um recardo urgente: é necessário promover o debate sobre o desmonte do SUS no Brasil. Em uma situação como a atual, isso reforça que a população precisa tomar conhecimento sobre o impacto disso na vida delas. Em tempos onde a necessidade de isolamento social é a melhor medida, o documentário de luta social é uma importante ferramenta para a defesa do direito à saúde, porque estamos em um momento em que faltam leitos, equipamentos, medicamentos, é um cenário extremamente complicado", afirma Ellen Francisco em nota enviada à Sputnik Brasil.
"Na fila do SUS" é uma websérie em formato original produzida pela Bombozila e com apoio do sindicato dos trabalhadores da Fundação Oswaldo Cruz e de profissionais de saúde da linha de frente em todo Brasil. Um documentário de mesmo nome, ainda em produção, deve ser lançado em meados deste ano.