EUA estariam preparando fuzileiros navais para se oporem à China

O Corpo de Fuzileiros Navais dos EUA está passando por uma das reformas mais radicais de sua história com o objetivo de modernizar este ramo de suas Forças Armadas para agir em locais distantes.
Sputnik

Os fuzileiros navais são preparados para desembarcar em território inimigo, além disso, o Corpo conta com sua própria aviação, integrada em porta-aviões da Marinha, tendo à disposição aviões do tipo STOVL, bem como uma grande quantidade de helicópteros e convertiplanos.

Em 2019, com o general David Berger assumindo o comando do Corpo de fuzileiros, as reformas se tornaram uma realidade. Berger pretende remodelar o Corpo de maneira drástica.

As reformas preveem cortes nos batalhões da Polícia Militar, artilharia rebocada, unidades de construção de pontes, tanques e logística. Além disso, a aviação também sofrerá cortes, ou seja, ao invés de contar com 16 aeronaves STOVL, cada esquadrilha contará com apenas 10.

Essas reformas teriam como objetivo preparar o Corpo de Fuzileiros Navais para enfrentar a China em um local de seu interesse, o mar do Sul da China, segundo o Centro para Estudos Estratégicos e Internacionais, um think tank norte-americano.

Para confrontar a China, Berger propõe a utilização de unidades expedicionárias e regimentos litorâneos do Corpo de Fuzileiros Navais, com o objetivo de impedir que os marinheiros chineses operem com sucesso nas águas disputadas.

Berger poderá utilizar diversos sistemas lançadores múltiplos de mísseis HIMARS, que são capazes de realizar ataques a longas distâncias, já que possuem um alcance máximo de 300 quilômetros, além de serem precisos. Além disso, o comandante planeja utilizar drones para fornecimento de dados de reconhecimento.

Apesar dos desejos de Berger, há muitas dúvidas sobre a eficácia dessas reformas, pois estão sendo preparadas para um possível confronto com a China em um local concreto, entretanto, caso surja a necessidade de enviar o Corpo de Fuzileiros para outra parte do mundo, suas forças podem não estar prontas para combate em outras condições. As reformas previstas devem ser realizadas até 2030.

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