Biden pede menos sanções dos EUA ao Irã: não faz sentido agravar fracasso com crueldade

O líder na corrida democrata para a Presidência dos EUA, Joe Biden, pediu nesta quinta-feira que os Estados Unidos reduzam as sanções ao Irã para reduzir o sofrimento da República Islâmica, que lida com a pandemia do novo coronavírus.
Sputnik

Biden disse que os Estados Unidos deveriam criar um canal dedicado para bancos e outras empresas operarem no Irã e emitir licenças para a venda de produtos farmacêuticos e dispositivos médicos.

O ex-vice-presidente dos EUA também pediu garantias aos grupos de ajuda de que eles não serão penalizados por operar no Irã - e disse que Teerã deve retribuir libertando os americanos detidos.

Biden destacou que a campanha de "pressão máxima" do presidente Donald Trump contra o Irã, que inclui sanções abrangentes, "saiu pela culatra", incentivando a agressão do regime clerical.

"Não faz sentido, em uma crise de saúde global, agravar esse fracasso com crueldade, inibindo o acesso à assistência humanitária necessária", declarou Biden em comunicado.

"Limitar artificialmente o fluxo da assistência humanitária internacional para buscar um ponto político não apenas permitirá que o governo iraniano desvie a responsabilidade por sua própria resposta defeituosa, mas também aumentará a ameaça que esse vírus representa para o povo americano, agora e no futuro", acrescentou.

Biden pede menos sanções dos EUA ao Irã: não faz sentido agravar fracasso com crueldade

Seu apelo veio um dia depois de seu rival pela indicação, Bernie Sanders, liderar parlamentares de esquerda pedindo o levantamento das sanções dos EUA ao Irã, onde mais de 3.100 pessoas morreram por conta da COVID-19.

Biden enfrentou críticas dos apoiadores de Sanders ao hesitar em uma entrevista na televisão no domingo de dizer se ele era a favor de facilitar as sanções contra o Irã. O governo Trump propôs a ajuda dos EUA ao Irã, mas ofereceu poucos detalhes e continuou ampliando as sanções.

Washington insiste que nunca visou bens humanitários, mas poucos bancos ou exportadores fora da China estão dispostos a arriscar sanções dos EUA fazendo negócios no Irã.

Trump retirou-se de um acordo selado pelo governo do ex-presidente Barack Obama, no qual Biden era vice-presidente, que prometia sanções ao Irã em troca da desnuclearização.

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