'Estrela da morte': descoberta de blazar mais distante do mundo pode trazer luz à origem do Universo

Astrônomos da Itália descobriram um blazar a 13 bilhões de anos-luz de distância do nosso planeta, que está apontando seu feixe para a Terra.
Sputnik

Cientistas da Universidade de Insurbia, Itália, descobriram o blazar mais distante e mais antigo do mundo, com seu feixe de radiação dirigido diretamente para a Terra.

Blazares são um tipo especial de núcleos galácticos cativos (AGN, na sigla em inglês) que são alimentados por um material, gás, pó ou estrelas, que caem em buracos negros supermassivos. Mas, ao contrário dos AGN normais, os blazares geram jatos relativistas, compostos por matéria ionizada, que estão apontados para nosso planeta.

Segundo a pesquisa publicada na segunda-feira (9) na revista Astronomy & Astrophysics, o blazar, chamado PSO J030947.49+271757.31, está localizado em uma galáxia a 13 bilhões de anos-luz de distância da Terra, e poderia revelar detalhes sobre a evolução inicial do Universo e dos antigos buracos negros.

"Graças à nossa descoberta, somos capazes de dizer que nos primeiros bilhões de anos de vida do Universo, existiu um grande número de buracos negros muito maciços emitindo poderosos jatos relativistas. Este resultado coloca restrições apertadas aos modelos teóricos que tentam explicar a origem destes enormes buracos negros no nosso Universo", afirmou a astrofísica Silvia Belladitta, da Universidade de Insubria, na Itália, e principal autora do estudo.

Os cientistas combinaram dados de vários telescópios e concluíram que a venerável idade do blazar significa que ele existiu menos de um bilhão de anos após o Big Bang. Os cientistas conseguiram detectar o PSO J030947.49+271757.31, porque é incrivelmente massivo. Além disso, o blazar é cerca de um bilhão de vezes mais maciço do que o Sol.

A equipe de astrônomos nota que, com a chegada de uma nova geração de telescópios terrestres e espaciais, haverá mais descobertas emocionantes sobre os blazares.

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