Corte inicia julgamento de extradição de Assange em meio a protestos

Nesta segunda-feira (24), teve início a audiência sobre a extradição do jornalista e ativista Julian Assange para os EUA, aonde é acusado de espionagem.
Sputnik

Julian Assange é acusado de crimes que colocaram em risco a vida de pessoas no Iraque, Irã e Afeganistão que ajudaram os EUA, disse advogado de Washington durante julgamento do ativista.

Julian Assange se apresentou na corte em Londres, no Reino Unido. Recentemente retirado do regime de prisão em solitária, Assange apareceu barbeado, em um terno cinza.

O advogado James Lewis, que representa Washington no julgamento, acusa Assange de colocar a vida de informantes dos EUA em risco com a publicação de documentos secretos do governo dos EUA, reportou a Reuters.

"O que Assange está chamando de liberdade de expressão não é a publicação de material secreto, mas a publicação dos nomes de fontes, de pessoas que colocaram suas vidas em risco para ajudar os EUA e seus aliados", disse Lewis.

Do lado de fora da corte estão reunidos muitos apoiadores de Assange, que são contra a sua extradição para os EUA.

Corte inicia julgamento de extradição de Assange em meio a protestos

Caso seja extraditado para os EUA, Assange pode ser condenado a até 175 anos de prisão por ser acusado de ter pressionado uma ex-militar do setor de inteligência, Chelsea Manning, a fornecer documentos sobre as guerras conduzidas pelos EUA no Afeganistão e no Iraque.

Os documentos, que incluíam cerca de 90.000 relatórios sobre atividades no Afeganistão, 400.000 relatórios sobre o Iraque e 250.000 telegramas diplomáticos, foram publicados pelo site WikiLeaks, fundado pelo ativista, entre 2010 e 2011.

Os advogados de Assange farão a sua exposição perante a corte no fim do julgamento, que deve durar uma semana. Uma nova rodada de oitivas está marcada para maio de 2020. A decisão final sobre a extradição de Assange deve ser tomada no início do mês de junho.

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