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Presidente da Suzano alerta que desmatamento na Amazônia em 2020 será 'catastrófico'

Presidente da Suzano, Walter Schalka, diz que o governo não cria condições para evitar o desmatamento e prevê "catástrofe" em 2020.
Sputnik

Nesta quinta-feira (20), o presidente-executivo da Suzano, Walter Schalka, declarou acreditar que o desmatamento da Amazônia em 2020 será "muito pior" do que em 2019.

"Vai ser uma catástrofe", disse Schalka à Bloomberg, em Nova York.

De acordo com o CEO da maior produtora de polpa de celulose do mundo, ainda não está claro qual a área desmatada em 2019, e a compilação dos dados pode levar alguns anos para ser concluída.

Schalka ainda criticou o governo Bolsonaro por não garantir o cumprimento das leis brasileiras que impedem o desmatamento e as queimadas em larga escala, que geraram indignação internacional no ano passado.

Para ele, o governo deveria ser mais assertivo nos seus esforços para combater o desmatamento:

"Eu não acho que [o governo] não está forçando para desmatar mais, mas eles certamente não estão criando as condições para evitar [o desmatamento]", disse.

O CEO da Suzano tem feito diversas declarações sobre mudanças climáticas e desigualdade social no Brasil, reportou a Bloomberg.

Para ele, o Brasil deve se preparar para monetizar a preservação florestal a partir da venda de créditos de carbono.

Presidente da Suzano alerta que desmatamento na Amazônia em 2020 será 'catastrófico'

Apesar de muitos manifestarem ceticismo acerca da aplicação desse modelo no Brasil, que consiste na capacidade do país capturar carbono e vender créditos para grandes países emissores, Schalka está confiante.

"Queremos monetizar isso", disse o CEO.

Para ele, "não há dúvidas" de que o sistema de créditos de carbono será implementado mais cedo ou mais tarde, criando uma "oportunidade imensa" para o Brasil.

A Suzano Papel e Celulose, baseada em São Paulo, é uma das maiores produtoras de papel do mundo e a líder em produção de polpa de celulose.

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