Afirmaram dois altos comandantes militares iraquianos em meio a uma crise de desconfiança entre EUA e Iraque após o assassinato do general iraniano Qassem Soleimani no país.
Este passo mostra claramente que, enquanto as exigências da liderança iraquiana de retirada das forças americanas do país acalmaram, o governo iraquiano está reconsiderando seriamente as relações estratégicas, e esta medida está afetando diretamente a cooperação militar entre os países.
O Exército iraquiano comunicou no dia 30 de janeiro que eles haviam retomado as operações conjuntas entre Bagdá e Washington após uma paragem de três semanas, no entanto, estas declarações foram posteriormente revogadas e o porta-voz da entidade militar iraquiana anulou as alegações anteriores em uma comunicação na televisão estatal, porém esta decisão não foi clarificada, escreve Military Times.
O Parlamento iraquiano aprovou em 5 de janeiro por maioria de votos a retirada das tropas estrangeiras e defendeu o fim da cooperação com as forças da coalizão internacional contra o Daesh (organização terrorista proibida na Rússia e em outros países).
A saída dos militares americanos do Iraque se tornou tema de discussão no país logo após as tensões entre os EUA e Irã voltarem a subir com o assassinato do ex-chefe da Força Quds iraniana, o major-general Qassem Soleimani.
Em 3 de janeiro, os Estados Unidos realizaram um ataque de drone perto do Aeroporto Internacional de Bagdá, no Iraque, que matou Soleimani e o líder da milícia xiita iraquiana Abu Mahdi Muhandis, entre outros.
O governo Trump disse que agiu com base em informações sobre um "ataque iminente" contra pessoas e interesses dos EUA, mas não forneceu detalhes.