Como a OPEP poderia responder à queda na demanda chinesa por petróleo?

Após atingir preço mais baixo em um ano, líderes da OPEP+ se reúnem para tratar do impacto do coronavírus na produção de petróleo. Mercado reage bem ao encontro e preços dão sinais de recuperação.
Sputnik

O preço do petróleo reagiu e foi negociado a US$ 51 (cerca de R$ 216) o barril, após líderes da OPEP e demais países associados anunciarem reunião para tratar dos impactos do coronavírus na demanda pela commodity. 

Na segunda-feira (3), os preços caíram para níveis inferiores a US$50 (cerca de R$ 212) o barril pela primeira vez em mais de um ano. A queda levou à convocação da reunião de especialistas, que deve ocorrer na matriz do cartel, em Viena, na Áustria.

A reunião irá debater se o grupo deve considerar novos cortes na produção de petróleo, a fim de conter os efeitos do coronavírus sobre a demanda.

Como a OPEP poderia responder à queda na demanda chinesa por petróleo?

Até agora, o vírus gerou a retração em pelo menos 20% na demanda da China por petróleo. Refinarias ao redor do mundo estão cortando a produção, enquanto Pequim, o maior importador de petróleo, do mundo segue impondo quarentenas e interrompendo a operação de fábricas.

A crise sanitária pode levar a uma redução de até um terço na demanda global de petróleo, acredita o diretor de finanças da BP Plc, Brian Gilvary, reportou a Bloomberg.

"Acreditamos que o [grupo] OPEP+ irá anunciar um corte adicional na produção para pelo menos 500.000 barris por dia", acredita Giovanni Staunovo, da UBS Group. "Com o petróleo brent sendo comercializado abaixo dos US$ 60, esperamos que o grupo encontre consenso mais uma vez."

O presidente da Rússia, Vladimir Putin, e o rei saudita, Salman bin Abdulaziz, discutiram a situação do mercado por telefone, nesta segunda-feira (3).

Os líderes concordaram com a "prontidão para continuar cooperando". O porta-voz do Kremlin, Dmitry Peskov, confirmou que a Rússia está pronta para participar de reuniões extraordinárias do grupo, a fim de responder à crise sanitária mundial.

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