Coronavírus: premiê da Austrália anuncia proibição de viagens à China

O governo federal australiano emitiu uma proibição de viagem, negando a entrada de todos os viajantes que partiram ou transitaram pela China continental a partir de 1º de fevereiro.
Sputnik

O anúncio foi feito neste sábado (1º) pelo premiê da Austrália, Scott Morrison. A medida veio em meio ao surto do novo coronavírus que já teve 12 casos confirmados em território australiano.

A proibição exclui cidadãos australianos, residentes permanentes e suas famílias, bem como tripulações aéreas que usam equipamentos de proteção individual.

"A partir de hoje [sábado], todos os viajantes que chegarem da China continental (não apenas a província de Hubei) deverão se autoisolar por um período de 14 dias a partir da saída da China continental", Morrison leu uma declaração sobre o novo coronavírus do Comitê Principal de Proteção à Saúde da Austrália (AHPPC, na sigla em inglês).

O AHPPC também elevou seu nível de alerta, recomendando aumentar o alerta de viagem para o nível quatro, o que significa a proibição completa de viagens para toda a China continental.

"Além disso, haverá escaneamento avançado na recepção nos principais aeroportos para facilitar a identificação e o fornecimento dessas informações e garantir que as precauções apropriadas sejam adotadas", disse o primeiro-ministro australiano a repórteres.

No início do dia, a maior companhia aérea da Austrália, Qantas, disse que suspenderia voos regulares de Sydney para Pequim e Xangai entre os dias 9 de fevereiro e 29 de março.

O novo tipo de coronavírus foi detectado pela primeira vez na cidade chinesa de Wuhan no início do ano e, desde então, espalhou-se para mais de 20 países. O vírus já matou 259 pessoas na China e infectou cerca de outras 12 mil. Cerca de 242 pessoas foram curadas através de tratamento. Mais de 100 casos da nova doença foram registrados fora da China.

A Organização Mundial da Saúde declarou emergência internacional de saúde na quinta-feira (30) devido ao surto.

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