Extraídos primeiros restos mortais dos desaparecidos durante invasão dos EUA ao Panamá

Os primeiros restos mortais de panamenhos vítimas das hostilidades estão sendo desenterrados na Cidade do Panamá, capital do país.
Sputnik

Procuradores e cientistas forenses realizaram as duas primeiras exumações para identificar um grupo de pessoas mortas ou desaparecidas no Panamá durante a invasão dos EUA. Os corpos, enterrados há mais de três décadas, foram levados para um necrotério judicial onde serão analisados para identificação, relata a emissora ABC News.

O trabalho está sendo realizado no Jardim da Paz, Cidade do Panamá, onde estão enterrados mais de cem mortos da invasão norte-americana de 1989. Os corpos foram inicialmente exumados alguns meses após essa operação por que haviam sido jogados em sacos em sepulturas comuns.

A promotora Maribel Caballero, responsável pela Procuradoria da Área Metropolitana, disse que um dos restos mortais esqueletais estava dentro de um caixão, enquanto outro estava dentro de um saco.

Os restos mortais dos exumados foram levados sob custódia no necrotério judicial do Instituto de Medicina Legal e Ciências Forenses, onde serão analisados para identificação. Os restos mortais exumados serão comparados com provas de ADN por familiares de casos documentados de pessoas desaparecidas.

Uma comissão estabelecida pelas autoridades judiciais há três anos para encontrar a verdade sobre os mortos e desaparecidos na invasão recebeu aprovação para a remoção de 19 restos mortais humanos enterrados no cemitério.

Extraídos primeiros restos mortais dos desaparecidos durante invasão dos EUA ao Panamá

A invasão que derrubou o ditador Manuel Antonio Noriega (1983-1989) levou a vida de um total de 514 panamenhos, incluindo civis e militares, de acordo com estimativas oficiais. Por parte dos Estados Unidos, 23 soldados foram relatados como mortos.

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