Pentágono diz que 50 americanos sofreram traumatismo cranioencefálico após ataque do Irã

Pentágono informa aumento no número de vítimas dos ataques iranianos. Anteriormente, Trump havia minimizado os ferimentos de seus soldados, alegando serem "dores de cabeça, nada grave".
Sputnik

Na terça-feira (28), o Pentágono declarou que 50 indivíduos a serviço dos EUA foram diagnosticados com traumatismo cranioencefálico, em consequência dos ataques perpetrados pelo Irã contra a base aérea de Ain Al-Asad, no Iraque, no início do mês.

"Até agora, 50 indivíduos a serviço dos EUA foram diagnosticados" com traumatismo cranioencefálico, informou o porta-voz do Pentágono, tenente-coronel Thomas Campbell.

Os sintomas de concussão cerebral incluem dores de cabeça, tontura, fotofobia e náusea.

Trinta e um dos indivíduos diagnosticados receberam tratamento no Iraque e já voltaram ao trabalho, assim como um indivíduo que recebeu tratamento no Kuwait. Dezoito indivíduos foram enviados para a Alemanha para a realização de exames complementares.

"Trata-se de um retrato deste momento. Os números podem mudar", lamentou Campbell.

Anteriormente, o Pentágono havia informado que 34 nacionais dos EUA ficaram feridos como consequência dos ataques.

Pentágono diz que 50 americanos sofreram traumatismo cranioencefálico após ataque do Irã

Dos 16 novos casos anunciados ontem, 15 foram tratados no Iraque, informou o tenente-coronel.

Na semana passada, o presidente dos EUA, Donald Trump, foi alvo de duras críticas por ter minimizado a gravidade dos casos, dizendo se tratar de "dores de cabeça, nada grave".

O comandante nacional de Veteranos de Guerras Estrangeiras, William Schmitz, reagiu aos comentários de Trump, reportou o The Guardian.

"[O grupo] espera que o presidente peça desculpas aos nossos homens e mulheres em serviço pelas suas declarações errôneas", declarou Schmitz. 

De acordo com dados do Pentágono, desde o ano de 2000, 408.000 militares norte-americanos foram diagnosticados com traumatismo cranioencefálico.

Os ataques à base aérea de Ain al-Asad foram realizados pelo Irã, em retaliação ao assassinato do general Qassem Soleimani, morto durante operação especial dos EUA, em 3 de janeiro de 2020.

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