Londres não teria recebido aviso prévio dos EUA sobre ataque a general iraniano, afirma mídia

Reino Unido não teria recebido aviso sobre ataque dos EUA que resultou na morte do major-general iraniano, Qassem Suleimani, nesta sexta-feira (3). O primeiro-ministro do país, Boris Johnson, que está de férias no Caribe, ainda não teria comentado os ataques.
Sputnik

O governo do Reino Unido não teria sido informado previamente pelo seu aliado, os Estados Unidos, sobre a realização da operação que matou o alto comandante iraniano, reportou a BBC.

O ex-presidente da Comissão de Relações Exteriores do Parlamento britânico, Tom Tugendhat, acusa os EUA de repetidamente não notificarem o Reino Unido sobre decisões relevantes.

"Eu sempre achei que o motivo pelo qual temos aliados é surpreender nossos inimigos, e não uns aos outros, e isso, infelizmente, tem sido um padrão […] a administração dos EUA recentemente não tem compartilhado conosco, e isso é uma questão preocupante", disse Tugendhat de acordo com a BBC.

Solicitando ao governo dos EUA que "compartilhe muito mais com seus aliados" no futuro, Tugendhat acrescentou:

"O governo [do Reino Unido] deve fazer escolhas urgentes sobre a segurança de seus cidadãos no exterior e a proteção do pessoal britânico", concluiu.

O primeiro-ministro do Reino Unido, Boris Johnson, que está de férias em uma ilha privada no Caribe, não teria recebido informações prévias sobre o ataque e ainda não emitiu declaração oficial sobre o ocorrido.

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Por outro lado, o chanceler do país, Dominic Raab, teria discutido as consequências do ataque com o secretário de Estado dos EUA, Mike Pompeo. O chanceler disse que o Reino Unido "sempre reconheceu a ameaça agressiva representada pela força Quds iraniana", mas pediu cautela às partes:

"Um conflito posterior não faz parte dos nossos interesses", declarou.

O Reino Unido estuda medidas para reforçar a segurança de seus 400 soldados estacionados no Iraque, além do pessoal diplomático e civis. Bases militares do país no Oriente Médio teriam sido colocadas em estado de alerta.

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Na sexta-feira (3), os EUA conduziram um ataque aéreo no aeroporto internacional de Bagdá que resultou na morte do major-general Qassam Soleimani, líder da força Quds. O ataque teria sido realizado em represália à invasão da Embaixada dos EUA por militantes xiitas, no dia 31 de dezembro de 2019.

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