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Suspeito de ataque contra Porta dos Fundos pode estar envolvido com tráfico de mulheres

Foragido da Justiça brasileira, o empresário Eduardo Fauzi Richard Cerquise, de 41 anos, pode estar envolvido com outros crimes além do ataque contra a produtora do grupo Porta dos Fundos, segundo informações publicadas pela mídia nesta sexta-feira.
Sputnik

A 10ª Delegacia da Polícia Civil de Botafogo, na zona sul do Rio de Janeiro, segue investigando o ataque feito contra a produtora no dia 24 de dezembro, na véspera do Natal, e apura a possibilidade de Fauzi também estar ligado ao tráfico de mulheres.

A informação foi publicada pela revista Época e tem como base o depoimento de uma dançarina, que teria acusado o empresário de estar envolvido com o tráfico de mulheres. Embora o suspeito não tenha nenhum inquérito contra si por esse motivo, a polícia deverá apurar a acusação.

"A investigação ainda não chegou nessa fase. Priorizaremos o ataque e a identificação dos autores. Caso as informações cheguem nesses dados, iremos decidir se continuamos ou encaminhamos para outra unidade da polícia", contou um dos investigadores à revista.

Informações da polícia e imagens obtidas pela TV Globo confirmaram que Fauzi embarcou para a Rússia por volta das 16h30 do dia 29 de dezembro – um dia antes da Justiça determinar a sua prisão como um dos suspeitos pela participação no ataque com coquetéis molotov contra a produtora, localizada em Botafogo.

Suspeito de ataque contra Porta dos Fundos pode estar envolvido com tráfico de mulheres

Em entrevista ao jornal Folha de S. Paulo, o delegado Marco Aurélio de Paula Ribeiro, responsável pelo caso, listou a longa ficha corrida de Fauzi e revelou algumas informações sobre o suspeito, até o momento o único identificado pelo ataque.

"Ele é uma pessoa violenta, com diversas ameaças, até lesão corporal", afirmou o delegado ao jornal, referindo-se a uma acusação de agressão física contra a ex-mulher. Fauzi também foi condenado no ano passado por dar um soco no então secretário de Ordem Pública da Prefeitura do Rio, Alex Costa, há seis anos.

Ainda de acordo com a publicação, Fauzi pratica artes marciais, fala russo e morou por cinco anos na Rússia. Em 2019 ele esteve em Moscou em três oportunidades, já que tem um filho de 3 anos com uma namorada russa.

Anteriormente, o Itamaraty informou que Brasil e Rússia possuem um acordo de extradição, e que daria andamento a um pedido formal do juiz responsável pelo caso. Segundo o SBT, a passagem de retorno de Fauzi ao Brasil está marcada para o próximo dia 29 de janeiro.

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