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Brasil estaria sendo boicotado por investidores devido ao desmatamento da Amazônia

Recentemente, a Amazônia foi alvo de grandes incêndios, que devastaram a região, causando diversos danos à floresta brasileira e provocando uma reação imediata de um dos maiores investidores da Escandinávia.
Sputnik

O investidor que controla mais de R$ 933 bilhões em fundos, a Nordea Asset Management, anunciou que estava colocando a dívida do governo brasileiro em quarentena devido aos riscos políticos e ambientais, cita o jornal Financial Times.

"Uma vez que a Nordea Asset Management está investindo dinheiro em nome de seus clientes, nós devemos sempre analisar as incertezas políticas e ambientais para gerenciar os riscos financeiros", declarou um investidor da Norwegian.

A medida foi tomada em decorrência da grande perda da Floresta Amazônica do Brasil, que até julho teve um aumento de 30% de desmatamento.

Seguindo os investidores, a empresa H&M também reagiu e anunciou que não compraria couro brasileiro até que os danos ambientais na Amazônia sejam reduzidos.

Brasil estaria sendo boicotado por investidores devido ao desmatamento da Amazônia

Uma das principais causas das queimadas na Floresta Amazônica seria a queima ilegal para limpeza da área, com o objetivo de obter mais terras para criação de gado e, consequentemente, para elevar a venda de couro para o mercado exterior.

De acordo com Peter Taylor, diretor de ações da Aberdeen Standard Investments, sediada em São Paulo, os investidores locais estão cada vez mais se concentrando em questões socioambientais.

As perdas da Amazônia são fruto do trabalho de grupos criminosos em parceria com madeireiros ilegais ou com o narcotráfico, o que está causando um grande problema para as empresas que trabalham legalmente e seguem princípios éticos.

Um dos grupos que está na lista negra do investimento norueguês é o grupo brasileiro de frigoríficos JBS, que estaria ligado à corrupção no país. Já a Vale também entra na lista, mas devido aos recentes acidentes envolvendo a empresa.

Apesar de toda essa ação e pressão internacional para que medidas de preservação ambiental sejam tomadas, empresas brasileiras acabaram ignorando por julgarem ser um "ato perverso contra o Brasil", conclui o jornal.

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