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'Tarifas de Trump podem unir Brasil e Argentina apesar das diferenças', segundo analista

Em entrevista à Sputnik Mundo e rádio M24, Pablo Parola, especialista em comércio exterior e assessor de empresas argentinas e brasileiras, comenta como o anúncio norte-americano sobre aço e alumínio pode unir as duas maiores economias da América do Sul.
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"É necessário que a resposta frente a esta medida ou ameaça deva ser tomada em conjunto, porque põe em risco os dois maiores produtores de alumínio e aço do Mercosul, podendo isto claramente nos unir apesar das diferenças ideológicas", manifesta o especialista.

Multilateralismo como saída

"O que temos visto fortemente é uma reinvindicação da Câmera do Aço da Argentina em que manifesta a preocupação por este tema. É necessário considerar que a Argentina, até este momento, exporta em torno de US$ 700 milhões (R$ 2,93 bilhões) em aço aos Estados Unidos", explicou Parola. "Não devemos descartar que possa ser também um mecanismo de negociação frente à dívida que a Argentina deve afrontar com o FMI", ressaltou.

"Seria positivo apostar no multilateralismo para encontrar soluções concretas. Creio que a união entre Argentina e Brasil pode ocorrer mais pelo medo que pelo amor", disse Parola.

Nesta segunda-feira (2), o presidente norte-americano anunciou a imposição de tarifas sobre a importação de aço e alumínio do Brasil e Argentina, acusando ambos os países de desvalorizarem artificialmente suas moedas para tornar saus exportações mais competitivas no mercado norte-americano. Neste ano, as maiores economias do Mercosul presenciaram fortes desvalorizações de suas moedas.

Nesta quarta-feira (4), o presidente Bolsonaro ponderou sobre a nova crise enfrentada por seu governo: "Eu acredito no Trump, não tenho nenhuma idolatria por ninguém, tenho uma amizade, não vou falar amizade, não frequento a casa dele nem ele a minha, mas temos um acordo, com contato bastante cordial".

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