'Piada fofa de Trump': Assad sobre agradecimento dos EUA à Síria após operação antiterrorista

Em entrevista à mídia francesa, o presidente da Síria, Bashar Assad, fala sobre o acordo com os curdos, a Rússia, o Irã e a operação dos EUA em que teria sido assassinado o líder terrorista al-Baghdadi. Saiba a opinião do líder sírio sobre as "piadas fofas de Trump".
Sputnik

O presidente da Síria, Bashar Assad, concedeu uma entrevista à revista Paris Match, em Damasco, e comentou a situação atual do conflito que dura há mais de oito anos.

Um dos temas levantados foi a operação dos EUA em que foi assassinado o líder do Daesh (organização terrorista proibida na Rússia e demais países), em outubro deste ano.

Quando perguntado sobre a razão pela qual, durante o anúncio do assassinato, o presidente Donald Trump agradeceu a Síria pela "compreensão e apoio" na operação, Assad riu:

"É mais uma das piadas fofas de Trump. É uma piada", respondeu.

O presidente sírio expressou dúvidas acerca da veracidade da operação contra Abu Bakr al-Baghdadi, perguntando se essa "peça fantástica encenada pelos norte-americanos" teria de fato ocorrido:

"Eu sempre dou risada quando levantam essa questão, porque a questão mais importante é: al-Baghdadi foi assassinado ou não?", questionou.

O conflito sírio, que teve início em 2001, fez milhares de vítimas fatais, devastou a economia do país, que perdeu parte do seu território e tem mais de metade da sua população como refugiados no estrangeiro ou deslocada internamente.

'Piada fofa de Trump': Assad sobre agradecimento dos EUA à Síria após operação antiterrorista

O apoio da Rússia e do Irã teria sido fundamental para que Assad não perdesse a guerra.

"Estamos lutando contra os mais ricos e poderosos países do mundo. Logicamente, não há dúvida de que o apoio de nossos amigos reduziu as baixas e nos ajudou a retomar territórios", reconheceu Assad.

O presidente se esquivou, no entanto, de fazer prognósticos ou considerar o que teria sido da Síria, caso a Rússia e o Irã não tivessem lutado ao seu lado.

"Se é difícil prever o resultado de uma partida de tênis envolvendo dois jogadores, imagine prever os resultados de uma guerra com dezenas de jogadores e centenas de milhares de combatentes", concluiu.

A intervenção da Rússia na guerra na Síria teve início após um pedido formal do governo de Damasco, em setembro de 2015.

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De acordo com as autoridades russas, as operações têm o objetivo de combater grupos terroristas, inclusive o Daesh, e garantir a soberania síria sobre seu território.

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