Colômbia inicia processo de 'diálogo nacional' após protestos em massa

O presidente da Colômbia, Iván Duque, iniciou um diálogo nacional com o objetivo de determinar a política social do Estado em resposta a três dias de protesto em todo o país. O diálogo deve incluir propostas para enfrentar questões como corrupção e a desigualdade.
Sputnik

O presidente colombiano usou o Twitter no domingo (24) para anunciar o início do processo.

​O Diálogo Nacional que se inicia hoje é o espaço propício para gerar mais confiança entre nós, entre os cidadãos e suas instituições e construir um roteiro que acelere nosso trabalho para fechar a lacuna social.

Segundo o presidente, esse diálogo deve resultar na formação de políticas de longo prazo e no aumento da eficácia dos programas do governo nacional e regional. Duque acrescentou que o diálogo será realizado até 15 de março de 2020 e que todos os colombianos podem enviar suas propostas.

Protestos maciços levam onda de indignação à Colômbia

Nos últimos dias, a agitação em massa tomou conta das grandes cidades da Colômbia. Os manifestantes exigem melhor combate ao crime e melhorias da situação econômica no país.

Na quinta-feira (21), mais de 200 mil pessoas participaram de um dia nacional de protestos e greves. Os protestos continuaram e desde então, ao menos três pessoas morreram e dezenas de civis e policiais foram feridos.

Em resposta, o presidente Duque decretou toque de recolher na capital colombiana a partir da noite de sábado (23) e no dia seguinte anunciou a proposta de diálogo nacional.

O processo desencadeado por Duque promete levar para a mesa de negociação os prefeitos e governadores que foram eleitos nas eleições de outubro no país. Em meio à tensão regional, o presidente também pretende evitar que os protestos continuem crescendo, como no Chile, Equador e Bolívia.

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