Como avião espião da Guerra Fria 'corrigiu' erro arqueológico

Arqueólogos que estudaram fotos de avião de Guerra Fria concluíram que Ur, antiga cidade de Mesopotâmia, era muito maior do que se pensava.
Sputnik

Arqueólogos descobriram que Ur, antiga cidade do sul da Mesopotâmia, localizada no atual Iraque, era muito maior do que se pensava. Um avião espião americano usado durante a Guerra Fria ajudou os cientistas a descobrir isso 50 anos depois, segundo um estudo publicado na revista Nature.

As ruínas de Ur são parte dos restos arqueológicos de assentamentos sumérios na Baixa Mesopotâmia, que floresceram entre o quarto e terceiro milênio a.C. no delta pantanoso formado pelos rios Eufrates e Tigre.

Embora as primeiras investigações de campo tenham sido realizadas em 1854, só agora se descobriu que a cidade antiga se estendia por uma área muito maior do que a calculada pelos cientistas. A pesquisa foi possível graças ao trabalho de um avião espião utilizado pelos Estados Unidos durante a Guerra Fria (1947-1991).

O recente estudo das fotos tiradas pela aeronave entre os anos 50 e 60 permitiu que os arqueólogos percebessem o erro que haviam cometido: Ur não ocupava apenas 60 hectares, mas quase 500.

Os cientistas acreditavam que Ur era uma das menores cidades da Mesopotâmia, mas Emily Hammer, da Universidade da Pensilvânia, Filadélfia, analisou as imagens desclassificadas do avião espião americano U-2, inspecionou a área ao redor dos locais detalhados nas fotos e percebeu que estavam errados.

Como avião espião da Guerra Fria 'corrigiu' erro arqueológico

Hammer descobriu que, em alguns momentos de sua história, Ur poderia ter ocupado até 500 hectares, mais 80% que Londres medieval. Com um tamanho assim, teria sido uma das maiores cidades da Mesopotâmia de sua época.

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