Chile: equipe médica afirma ter sido reprimida pela Polícia

Trabalhadores do serviço de emergência do Chile afirmaram neste sábado (16) que foram atacados por policiais enquanto socorriam um jovem que posteriormente morreu de parada cardiorrespiratória. 
Sputnik

A informação foi confirmada pelo Serviço Metropolitano de Assistência Médica de Emergência e a Faculdade de Medicina do Chile, informa a agência de notícias Associated Press.

A denúncia ocorre em meio a questionamentos sobre o uso da força para reprimir as manifestações no país latino-americano. A Faculdade de Medicina destacou que as leis humanitárias internacionais exigem que a passagem segura e irrestrita do pessoal médico seja facilitada para ajudar as pessoas feridas em protestos ou zonas de conflito.

Ainda de acordo com a Faculdade de Medicina, a repressão policial obrigou que o jovem fosse evacuado para poder receber atendimento e um de seus trabalhadores levou um tiro de bala de borracha na perna. 

A conduta da Polícia tem sido muito questionada desde o início da crise social chilena, em 18 de outubro. Mais de 230 pessoas perderam uma órbita ocular ou a visão de um olho enquanto participavam dos atos, afirmam organizações de direitos humanos.

A Anistia Internacional, o Instituto Nacional Autônomo de Direitos Humanos e a Faculdade Medicina exigiram a proibição do uso de armas de balas de borracha pela Polícia. 

Após semanas de protestos, o presidente do Chile, Sebastián Piñera, atendeu uma das demandas dos manifestantes e iniciou o processo para a formação de uma assembleia constituinte para reformar a Carta Magna herdada da ditadura de Augusto Pinochet. 

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