'Mortes aos infiéis': polícia desarma 'ataque de grandes proporções' do Daesh na Alemanha

Três suspeitos que juraram lealdade ao grupo terrorista Daesh (proibido na Rússia) foram detidos durante uma grande operação antiterrorista perto de Frankfurt, que, segundo autoridades alemãs, frustrou um grande ataque terrorista envolvendo explosivos e armas de fogo.
Sputnik

Mais de 170 policiais, incluindo membros de uma equipe de elite da polícia antiterrorismo chamada SEK, invadiram três apartamentos na cidade de Offenbach-am-Main na noite de terça-feira. O principal suspeito era um alemão de 24 anos de origem macedônia, enquanto seus cúmplices - dois turcos de 22 e 21 anos - foram presos durante ações separadas na mesma cidade.

O principal suspeito chegou perturbadoramente perto de preparar um ataque, disse um promotor público de Frankfurt à mídia. Ele já havia adquirido peças para fabricar explosivos caseiros e tentou comprar armas na deep web, parte da internet frequentemente usada para negócios ilegais.

Os homens, que cresceram juntos em Offenbach, parecem ter planejado um ataque na região de Rhine-Main. Eles pretendiam matar "o maior número possível de pessoas, os chamados infiéis", declarou Nadja Niesen, porta-voz do gabinete do promotor.

Embora ainda não se saiba se eles escolheram um alvo específico, a intervenção policial "ocorreu a tempo de evitar uma ameaça concreta".

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As autoridades conseguiram rastrear os suspeitos depois que eles receberam uma denúncia de testemunhas que os viram prometer lealdade ao Daesh. Um dos homens presos tem um parente que viajou para a Síria para se juntar à organização, informou o jornal Die Welt.

A Alemanha está em alerta máximo devido ao aumento da ameaça terrorista. Em 2016, o país sofreu o ataque mais mortal, quando um tunisiano de 23 anos de idade usou um caminhão sequestrado para atingir o mercado de Natal de Berlim, matando 12 pessoas.

Os ataques ocorrem apenas um dia após a Turquia anunciar que começará a enviar militantes do Daesh da Europa de volta aos países de onde vieram. A Alemanha aguarda a chegada de 10 homens, mulheres e crianças, todos com ligações ao grupo terrorista.

A chamada repatriação desencadeou um acalorado debate sobre a possibilidade de levar ou não os combatentes capturados. No início de abril, Berlim aprovou uma lei que despojava cidadãos de sua nacionalidade alemã se lutassem no exterior por grupos terroristas conhecidos.

Enquanto isso, aqueles que podem provar sua cidadania têm o direito de retornar, disse o governo na segunda-feira, mas suspeitos de serem militantes ainda podem ser julgados depois de chegarem em casa.

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