Após querer comprar a ilha, Trump recebe diplomatas da Groenlândia para discutir presença no Ártico

O secretário de Estado dos EUA, Mike Pompeo, discutirá com representantes da Groelândia e Dinamarca a presença dos EUA na ilha. Pela primeira vez na história, um membro do governo autônomo da Groenlândia participará de uma reunião no exterior.
Sputnik

O ministro das Relações Exteriores da Dinamarca, Jeppe Kofod, e a chefe do Ministério do Exterior da Groenlândia, Ane Lore Bagger, irão se reunir com o secretário de Estado dos EUA para discutir a presença da potência americana na ilha e a cooperação na região do Ártico.

“Nós saudamos a participação norte-americana [em projetos na Groenlândia] e esperamos discutir isso com Pompeo. A ideia central é que a participação dos americanos pode e deve trazer benefícios para a Groenlândia", declarou o ministro dinamarquês.

"Junto com a Groenlândia, iremos dar continuidade ao diálogo construtivo com os EUA sobre os assuntos do Ártico e da ilha. O aumento do interesse político [na região] significa que nós também daremos mais atenção e envolvimento, ao lado dos norte-americanos", concluiu o MRE.

Groenlândia: porta de entrada no Ártico

A Groenlândia é a maior ilha do mundo, localizada no extremo norte do oceano Atlântico, conectando-o à região do Ártico. A ilha foi oficialmente incorporada ao Reino da Dinamarca em 1953.

A região do Ártico ganha espaço nas relações internacionais em função do seu papel geopolítico estratégico, que deve aumentar com o derretimento de suas geleiras, acelerado pelas mudanças climáticas.

Após querer comprar a ilha, Trump recebe diplomatas da Groenlândia para discutir presença no Ártico

As fronteiras marítimas entre os Estados do Ártico – Canadá, Dinamarca (Groenlândia), Islândia, Noruega, Rússia e Estados Unidos – ainda não foram delimitadas, assunto que é discutido atualmente no âmbito do Conselho do Ártico.

Em agosto deste ano, o presidente Donald Trump gerou polêmica ao propor que os Estados Unidos comprassem a ilha da Groenlândia do Reino da Dinamarca, o que aumentaria significativamente o território ártico dos EUA.

Comentar