Especialista indica para quem o sistema antiaéreo russo S-400 é 'ameaça mortal'

Após revista americana analisar as capacidades do sistema de defesa antiaérea S-400, especialista explicou ao serviço russo da Rádio Sputnik que países devem temer o armamento.
Sputnik

Poucos duvidam das capacidades do S-400 no mundo. Com um raio de ação de 400 km e capaz de detectar e abater aeronaves furtivas e mísseis balísticos, o S-400 é uma arma temível e, ao mesmo tempo, se torna um armamento cada vez mais cobiçado no mercado mundial de equipamentos de Defesa.

Analisando as características do S-400, a revista norte-americana National Interest (NI) disse que o aparelho é uma profunda modernização de seu antecessor, o S-300, sendo uma "ameaça mortal".

Na sequência do artigo da NI, Boris Rozhin, especialista do Centro de Jornalismo Político-Militar (CIGR), ressaltou ao serviço russo da Rádio Sputnik o caráter defensivo do S-400 e sua relação com a política externa dos EUA.

Ameaças 

Recentemente, os EUA, em tom de ameaça, criticaram a aquisição de sistemas S-400 por parte da Turquia. Percebendo que Ancara não recuou diante das ameaças de Washington, o governo americano decidiu excluir o país do programa de produção dos caças F-35.

Washington reagiu de forma semelhante aos planos da Índia de comprar cinco regimentos de S-400, tendo a Casa Branca ameaçado Nova Deli com sanções.

Menor poder de coerção

Sendo um armamento destinado à defesa, por que motivo o S-400 incomoda tanto os EUA? Talvez a resposta esteja nas palavras de Boris Rozhin.

"Este armamento é defensivo, ou seja, ele é perigoso, antes de tudo, para o agressor do país que o possuir. É por isso que existe uma resistência contra as aquisições do S-400 por países que antes estavam na dependência dos EUA. Agora, eles possuem maior autonomia, uma vez que o poder de coerção [do inimigo] diminuiu. Isto porque o S-400 eleva em muito o grau da defesa antiaérea", disse Boris.

Desta forma, o S-400 não é um simples concorrente comercial do análogo americano Patriot, mas se tornou uma peça fundamental para alterar a balança de poder entre os países que o adquirem e os países que possuíam um forte poder de coerção, como os Estados Unidos.

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