Trump diz que curdos podem estar liberando jihadistas na Síria

O Presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, disse nesta segunda-feira (14)  que combatentes curdos poderiam estar soltando jihadistas na Síria para fazer com que os americanos continuem envolvidos no conflito no país. 
Sputnik

"A Europa teve sua chance de ficar com prisioneiros do Daesh [grupo terrorista proibido na Rússia e vários outros países], mas não quis assumir o risco. 'Deixe os EUA pagarem', eles falaram", afirmou o presidente americano por meio do Twitter. 

"Os curdos podem estar libertando alguns para nos manter envolvidos. Facilmente recapturados pela Turquia ou outra nações europeias de onde muitos deles vieram, mas eles devem ser transferidos rapidamente", completou Trump. O republicano ainda reforçou o que dissera mais cedo, que os EUA vão impor sanções contra a Turquia. 

...Curdos podem estar libertando alguns para nos manter envolvidos. Facilmente recapturados pela Turquia ou outras nações europeias de onde muitos deles vieram, mas eles devem ser transferidos rapidamente. Grandes sanções contra a Turquia estão vindo! As pessoas realmente acham que devemos entrar em guerra com a Turquia, membro da Otan? As guerras sem fim vão terminar!

Ancara lançou na semana passada uma operação na fronteira da Síria com a Turquia contra os curdos que vivem na região, após Trump decidir retirar tropas de dois postos na área, medida que provocou forte críticas da comunidade internacional. 

Opositores da retirada americana afirmam que o movimento é uma traição aos curdos, que ajudaram os EUA a combater o Daesh na Síria. Além disso, afirmam que a saída da tropas, aliada à ofensiva turca, pode provocar um fortalecimento dos terroristas. 

O Pentágono afirmou no domingo que Trump determinou a saída de até 1.000 soldados do norte da Síria - o que representa quase toda a força americana no país. Um dos temores é justamente a fuga de membros do Daesh de prisões na região. 

Turquia diz que curdos esvaziaram prisão no nordeste da Síria

Autoridades turcas disseram no domingo que 800 familiares de integrantes do Daesh que estavam em um campo em Ain Issa, no norte da Síria, fugiram devido aos bombardeios turcos. 

Nesta segunda-feira, a Turquia negou que sua ofensiva epermita que prisioneiros do Estado Islâmico fujam de campos de detenção. O ministro da Defesa turco, Hulusi Akar, disse que combatentes curdos da Unidades de Proteção Popular (YPG) esvaziaram uma prisão com detentos do Daesh no nordeste da Síria, e que os os jihadistas estão sob poder do grupo. 

Trump diz que curdos podem estar liberando jihadistas na Síria

Akar explicou que forças turcas alcançaram a prisão e constataram que estava vazia. "Quando chegamos lá, vimos que tinha sido esvaziada pelas YPG e os militantes do Daesh tinham sido sequestrados. Determinamos isso por meio de fotografias e vídeos", afirmou o ministro, segundo publicado pela agência Reuters. 

Objetivo da ofensiva é criar 'zona segura'

A Turquia afirma que o objetivo da ofensiva é limpar a região da fronteira dos militantes das YPG, organização vista por Ancara como terrorista, e formar uma "zona segura" no território sírio, onde seriam instalados milhões de refugiados sírios. Ancara diz que será responsável pelos prisioneiros jihadistas na área, mas não em outras partes da Síria.

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