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Ministro diz que vazamento de petróleo no Nordeste 'provavelmente vem da Venezuela'

O ministro do Meio Ambiente, Ricardo Salles, durante audiência na Câmara dos Deputados, citou estudo da Petrobras para afirmar que o petróleo que atingiu o litoral do Nordeste vem "muito provavelmente da Venezuela". 
Sputnik

Desde 2 de setembro manchas de óleo vem aparecendo em praias da região. Nos últimos dias, o vazamento chegou à Bahia, fazendo que todos os estados do Nordeste tenham sido atingidos. 

"Esse petróleo que está vindo, muito provavelmente da Venezuela, como disse o estudo da Petrobras, é um petróleo que veio por um navio estrangeiro, ao que tudo indica, navegando próximo à costa brasileira, com derramamento acidental ou não, e que nós estamos tendo enorme dificuldade de conter”, disse Salles nesta quarta-feira (9), segundo publicado pela agência EBC, durante audiência pública na Comissão de Meio Ambiente e Desenvolvimento Sustentável. O evento também teve como tema a questão das queimadas na Amazônia

Salles afirmou que era difícil remover o óleo, devido a sua natureza desconhecida e indeterminada. E admitiu que é preciso um sistema de contenção de danos mais eficiente.

"Esse incidente no litoral demonstra a importância justamente de um licenciamento, de um modelo, de um sistema que seja de contenção de danos bastante eficiente", disse. 

Mancha atingiu 62 cidades do Nordeste

Segundo o balanço mais recente do Instituto Brasileiro do Meio Ambiente e dos Recursos Naturais Renováveis (Ibama), a mancha atingiu 138 localidades em 62 cidades dos nove estados da Região Nordeste: Alagoas, Bahia, Ceará, Maranhão, Paraíba, Pernambuco, Piauí, Rio Grande do Norte e Sergipe. De acordo com o órgão, o produto é petróleo cru. Até segunda-feira (7), a Petrobras já havia recolhido 133 toneladas de resíduos.

Na terça-feira, ao participar de audiência pública da Comissão de Fiscalização Financeira e Controle da Câmara dos Deputados, o presidente da Petrobras, Roberto Castello Branco, disse que análises laboratoriais confirmaram que a origem da substância não era a empresa estatal brasileira.

O presidente Jair Bolsonaro havia dito na segunda-feira (7) que a origem do petróleo era o vazamento de um navio estrangeiro, mas que ainda não poderia informar a qual país pertencia. Ele comentou também que o derramamento pode ter sido acidental ou criminoso.

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