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Acordo China-EUA não fará Brasil diminuir exportação de commodities, diz empresário

Os investidores estão aguardando o resultado da última rodada de conversas entre os EUA e a China, programada para ocorrer nesta semana.
Sputnik

Uma pesquisa feita pela Bloomberg mostrou que o Real deve ser o maior vencedor de um possível acordo comercial entre as duas maiores economias mundiais.

Em entrevista à Sputnik Brasil, José Augusto de Castro, empresário e presidente da AEB (Associação de Comércio Exterior do Brasil), o aumento do valor do Real está atrelado ao aumento dos preços das commodities.

"Se houver um acordo e que ele seja favorável aos Estados Unidos e China isso deve fazer com que as commodities tenham um aumento de preço e o aumento de preço se contrapõe a uma taxa de câmbio e deixa o Real mais valorizado", disse.

José Augusto de Castro disse que o Brasil continuará exportando commodities mesmo com um acordo entre EUA e China.

"Hoje o Brasil tem um nível de reservas cambiais que beira os 400 bilhões de dólares, nós temos uma força muito grande em termos de commodities. Mesmo com o acordo entre China e Estados Unidos, o Brasil vai continuar sendo um grande exportador de commodities. Politicamente o que nós exportamos é pequeno no cenário internacional, mas são produtos que o mundo não tem outro fornecedor alternativo", afirmou.

Porém, segundo a análise de José Augusto de Castro, não é provável que o acordo entre as duas potências aconteça de fato.

"O mercado não está tão favorável a um acordo entre EUA e China, ao contrário, ele está mais para um desacordo do que para um acordo efetivamente", completou.

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