Iraque: Bagdá não será plataforma de lançamento para agressão contra países vizinhos

O presidente do Iraque, Barham Salih, alertou para os perigos de uma nova guerra no Oriente Médio e destacou que seu país "não servirá de plataforma de lançamento para uma agressão" contra nenhum dos Estados vizinhos, incluindo o Irã.
Sputnik

Embora ele tenha falado com otimismo sobre o "futuro promissor" do Iraque diante da Assembleia Geral da ONU na quarta-feira (25), Salih foi enfático sobre os atores regionais que procuram resolver suas disputas usando o Iraque como campo de batalha, argumentando que o país já viu bastante derramamento de sangue.

"Não queremos que o nosso país faça parte de qualquer conflito regional ou internacional […] Também não queremos que o nosso país seja usado para ajustar contas regionais e internacionais. O nosso povo pagou um preço elevado por guerras e conflitos", destacou o líder iraquiano.

"O Iraque não será uma plataforma de lançamento para uma agressão de nenhum dos nossos países vizinhos […] Já tivemos guerras suficientes", complementou
Embora não tenha citado nenhum país, Salih provavelmente se referiu à Arábia Saudita e ao Irã quando mencionou "países vizinhos".

O presidente iraquiano também advertiu que uma escalada da tensão no golfo Pérsico teria "consequências desastrosas para a segurança mundial".

"Não precisamos de um novo conflito, especialmente porque a guerra contra o terrorismo [na região] ainda não acabou", complementou.

Tensões EUA-Irã

O príncipe herdeiro saudita Mohammed bin Salman reuniu-se com o primeiro-ministro do Iraque, Adil Abdul-Mahdi, na quarta-feira (25) para discutir os recentes ataques a refinarias sauditas, entre outras questões. Além de lançar culpas sobre Teerã, as autoridades sauditas dizem que ainda estão considerando como responder aos ataques.

Iraque: Bagdá não será plataforma de lançamento para agressão contra países vizinhos

As declarações do presidente iraquiano surgem em um momento de tensão entre os EUA e o Irã, exacerbada pelos ataques do dia 14 de setembro a duas refinarias sauditas, pelos quais Washington culpa Teerã, que nega qualquer ligação com estes acontecimentos.

Um funcionário americano, citado anonimamente pela CNN, também sugeriu que os ataques podem ter sido lançados a partir do território iraquiano.

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