Marinha russa será a 1ª a usar armas hipersônicas, segundo mídia

A Marinha da Rússia testará já no próximo ano seu novo míssil hipersônico Tsirkon – um projétil que supostamente pode voar a velocidades superiores a 9.656 km/h, escreve a mídia.
Sputnik

De acordo com especialistas militares da revista Forbes, as novas armas entrarão em breve em produção em massa e o teste delas será realizado a bordo do novo submarino K-561 Kazan da Marinha russa.

Segundo a publicação, a Rússia é suficientemente avançada em tecnologia de mísseis hipersônicos para ser a primeira a lançar armas hipersônicas operacionais.

O Tsirkon pode ser usado para lançar ataques rápidos contra alvos em terra ou grupos navais inimigos – incluindo porta-aviões americanos – e neutralizá-los em minutos.

Interceptação complexa

A edição destaca que a enorme velocidade do míssil dificulta a interceptação, principalmente porque não deixa tempo para o inimigo tomar uma decisão. Após o lançamento, o Tsirkon segue para o alvo a uma velocidade de Mach 8 e viaja a 160 km/m.

O poderoso radar de defesa aérea SPY-1 do sistema Aegis dos EUA é capaz de detectar a ameaça a uma distância de cerca de 300 quilômetros. Neste caso, a força aeronaval tem dois minutos para organizar a interceptação. Se o míssil russo for lançado a uma altitude mais baixa, a tripulação terá menos de 20 segundos para agir, o que claramente é insuficiente.

Marinha russa será a 1ª a usar armas hipersônicas, segundo mídia

A revista oferece duas maneiras de resolver o problema americano. Em primeiro lugar, é possível colocar radares na atmosfera a grande altitude – assim como dois balões com equipamento JLENS, que consiste em dois aeróstatos equipados com radar ancorados na costa leste, mantendo Washington alerta contra mísseis de cruzeiro de baixo voo.

Em segundo lugar, é possível confiar a decisão sobre a abertura de fogo de barreira à inteligência artificial, agindo muito mais rápido do que a humana. No entanto, isto é arriscado se a interceptação for efetuada em áreas de operação da aviação civil.

Até o momento, segundo o artigo, os EUA não têm proteção contra armas hipersônicas.

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