Paquistão 'reativou' campo terrorista destruído em fevereiro, afirma militar indiano

Centenas de militantes estão prontos para atravessar o Paquistão em direção à Índia, depois que Islamabad relançou um campo terrorista em Balakot, disse o Exército indiano. Um ataque aéreo a Balakot levou as duas nações à beira da guerra em fevereiro.
Sputnik

"Balakot foi reativado pelo Paquistão muito recentemente", afirmou o chefe do Estado-Maior do Exército da Índia, general Bipin Rawat, a repórteres nesta segunda-feira.

O general informou que o campo no nordeste do Paquistão foi destruído por jatos indianos em fevereiro, mas "agora eles levaram as pessoas para lá".

"Esses números continuam flutuando, mas eu diria que sim - há pelo menos 500 pessoas esperando para se infiltrar na Índia", garantiu.

Tropas adicionais foram enviadas ao longo da Linha de Controle (LoC) na disputada região da Caxemira "para garantir que a infiltração seja controlada ao máximo", comentou o militar.

O ataque aéreo de Balakot quase levou os países vizinhos à guerra. A Índia alega que enviou os jatos para bombardear campos terroristas pertencentes ao grupo jihadista Jaish-e-Mohammed (JeM) em solo paquistanês. O grupo já havia realizado vários ataques mortais contra a Índia, incluindo um bombardeio de comboio no distrito de Pulwama, na parte controlada pela Índia da Caxemira, que matou 40 policiais militares.

Paquistão 'reativou' campo terrorista destruído em fevereiro, afirma militar indiano

Autoridades indianas acusaram o Paquistão de apoiar secretamente os militantes. Islamabad nega veementemente ter vínculos com grupos terroristas.

O Paquistão também negou que os ataques aéreos indianos perto de Balakot tenham causado danos em solo e acusou Nova Déli de violar sua soberania. As hostilidades se transformaram em bombardeios transfronteiriços e em combate aéreo aberto. Um piloto indiano foi abatido no espaço aéreo paquistanês e rapidamente entregue ileso pelo Paquistão à Índia.

Os vizinhos acabariam trocando uma série de gestos amigáveis, mas suas relações, no entanto, atingiram uma nova baixa no mês passado, depois que a Índia revogou o status de autogoverno da parte da Caxemira que controla. Nova Déli argumentou que a medida ajudará a luta contra o terrorismo e impulsionará a economia da região.

Já o Paquistão criticou fortemente a medida, dizendo que ela viola o direito internacional e levará ao derramamento de sangue na Caxemira.

Comentar