Nicarágua: oposição assume responsabilidade por 'ações militares' após explosões

Um grupo da oposição nicaraguense reivindicou hoje a autoria de "ações militares" após uma série de pequenas explosões atingirem o país, incluindo a que danificou uma ponte que leva ao porto mais importante da Nicarágua.
Sputnik

Por volta das 20h do último sábado, segundo testemunhas ouvidas pela Reuters, uma explosão atingiu a ponte que liga a cidade portuária de Corinto, no departamento de Chinandega, ao restante do país, provocando sérios danos à estrutura. O incidente foi acompanhado de outros semelhantes, na capital, Manágua, e no município próximo de Masaya. 

Última hora: uma forte explosão foi registrada na ponte San Isidro, na estrada El Realejo-Corinto. Segundo uma fonte no oeste do país, a ponte está rachada e a Polícia e os Bombeiros estão no local.

​Nenhuma das explosões, ao que tudo indica, resultou em vítimas ou estragos mais sérios. E, até o momento, não há informações definitivas sobre quem estaria por trás dos atentados e por quais motivos. Entretanto, a organização opositora Aliança Patriótica Nicaraguense (APN) afirmou ter realizado "uma série de ações de natureza militar" ontem.

"Todas essas ações são realizadas e continuarão sendo realizadas no restante do mês de setembro, outubro e nos próximos meses, até que a ditadura tenha um fim", afirmou o grupo em comunicado reproduzido pela Reuters.

A Nicarágua se encontra mergulhada em uma crise política desde que eclodiram manifestações contra o governo do presidente Daniel Ortega, em abril de 2018, devido ao anúncio de cortes planejados em benefícios sociais.

Esses protestos foram aumentando de intensidade ao longo do tempo, levando a conflitos violentos que resultaram em mais de 300 mortes e forçaram milhares de pessoas a deixar o país. Ainda hoje, um grande número de opositores segue protestando pela renúncia de Ortega e de seu governo.

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