Ministro inflama relações com o Paquistão: 'a Caxemira será toda da Índia'

O ministro de Relações Exteriores da Índia declarou que espera que a Caxemira controlada pelo Paquistão se torne um dia território indiano, atiçando mais a crescente disputa territorial entre os dois rivais nucleares.
Sputnik

A região da Caxemira atualmente administrada pelo Paquistão "faz parte da Índia e esperamos que um dia tenhamos jurisdição física sobre ela", afirmou Subrahmanyam Jaishankar em entrevista coletiva nesta terça-feira.

Ele acrescentou que a Índia enfrenta um "desafio único" do Paquistão, acusando Islamabad de "abertamente" usar o terrorismo como parte de sua política externa.

Suas declarações inflamatórias acontecem um dia depois que um ministro-chefe no estado indiano de Gujarat alertou o Paquistão que Nova Déli estava pronta para recuperar a Caxemira, a fim de "reunir" a Índia.

Islamabad "deve estar pronto para perder a Caxemira ocupada pelo Paquistão", pontuou o ministro-chefe de Gujarat, Vijay Rupani, segundo a mídia local, usando a expressão indiana para o território em disputa.

Ministro inflama relações com o Paquistão: 'a Caxemira será toda da Índia'

A sangrenta disputa territorial remonta a 1947, após a divisão da Índia britânica. Ambos os Estados recém-independentes da Índia e do Paquistão reivindicaram a Caxemira, desencadeando a violência sectária que continua até os dias atuais.

Os vizinhos com armas nucleares travaram uma série de guerras convencionais pelo status da Caxemira, com as escaramuças nas fronteiras se tornando quase rotineiras. Em fevereiro, jatos indianos bombardearam o que Nova Déli disse ser um esconderijo paquistanês do grupo insurgente islâmico Jaish-e-Mohammed (JeM), que havia realizado numerosos ataques terroristas em solo indiano. Islamabad retaliou abatendo um avião de caça indiano.

As tensões aumentaram em agosto, depois que a Índia revogou o status especial de Jammu e Caxemira.

Nova Déli ponderou que a decisão foi motivada pelo desejo de acabar com o terrorismo e a corrupção na região. Ambos os lados alertaram que a situação tensa poderia desencadear guerra - ou mesmo um conflito nuclear.

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