Marinha da Dinamarca está em alerta pela 'descoberta' de bombardeiro da 2ª Guerra Mundial

Embora ainda não haja confirmação devido à agitação das águas, a Marinha dinamarquesa parte do princípio de que o naufrágio de um avião no fundo do Grande Belt corresponda a um Lancaster da Força Aérea Real britânica.
Sputnik

A Marinha dinamarquesa foi alertada no domingo (15) depois de um mergulhador ter afirmado que se deparou com um naufrágio da Segunda Guerra Mundial no Grande Belt, o estreito que separa as duas maiores ilhas da Dinamarca, a Zelândia e Funen. O avião estaria no sul da ilha Langeland.

Desde que o mergulhador alertou sobre a existência de munições perigosas a bordo do alegado naufrágio de um avião, a Marinha dinamarquesa proibiu temporariamente mergulhar, pescar, navegar ou atracar na zona. Todo o tráfego foi suspenso.

"Provavelmente é um bombardeiro Lancaster lá embaixo. O mergulhador disse que havia algo semelhante a bombas aéreas", afirmou Bo Petersen, do Serviço de Mergulho da Marinha, que é responsável pela desativação de minas e remoção de munições marítimas, à Rádio Dinamarca.

De acordo com Petersen, bombardeiros britânicos são raramente encontrados em águas dinamarquesas. A última vez que um bombardeiro foi retirado das águas dinamarquesas foi quando a ponte Grande Belt foi construída no final dos anos 80.

Condições que atrapalham inspeção

No entanto, devido a condições difíceis no Grande Belt, não foi possível inspecionar mais de perto o achado. "Não podemos sair e verificar o que há, porque o vento é muito forte e as ondas muito altas", explicou Petersen. Assim que seguro, uma equipe de mergulhadores navais será enviada para averiguação.

"Mergulharemos até o naufrágio e faremos uma investigação minuciosa na área próxima à munição. Isso nos permite determinar se a área pode ser liberada ou se devemos descartar as munições para que a área esteja segura novamente", ressaltou Petersen.

Lancaster é um bombardeiro britânico quadrimotor que entrou em produção em 1941 e foi amplamente utilizado pela Força Aérea Real durante a Segunda Guerra Mundial. 7.344 Lancaster foram produzidos. Após a guerra, alguns foram usados como aviões de reconhecimento até 1956.

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