Coalizão liderada pela Arábia Saudita aponta uso de armas iranianas no ataque a refinarias

A coalizão militar liderada pela Arábia Saudita contra Houthis do Iêmen anunciou que as "descobertas preliminares" mostraram que o ataque realizado no último sábado (14) às instalações sauditas da Aramco utilizou armas de produção iraniana, não originárias do Iêmen.
Sputnik

Em uma coletiva de imprensa em Riad, o porta-voz da coalizão, coronel Turki al-Malki, afirmou que a investigação segue em andamento, e que os investigadores estão tentando descobrir a origem do lançamento dos drones utilizados no ataque.

"A investigação continua e tudo indica que as armas utilizadas em ambos os ataques partiram do Irã", afirmou al-Maliki.

Tanto a Arábia Saudita quanto a coalizão de países principalmente do golfo Pérsico travam uma guerra com os Houthis desde 2015, que inclusive reivindicaram os ataques de sábado, afirmando que utilizaram dez drones para atacar as refinarias.

Nesta segunda-feira (16), em meio às declarações norte-americanas de que o Irã tinha sido responsável pelos ataques, Mohammed al-Bukhaiti, membro do Conselho Político Supremo dos Houthis, afirmou a uma mídia iraniana que as tentativas de culpar países pelos ataques dos Houthis correspondem a um ato de "covardia".

Coalizão liderada pela Arábia Saudita aponta uso de armas iranianas no ataque a refinarias

Ataques foram realizados contra duas importantes refinarias da Aramco, que são da Arábia Saudita, o que resultou no aumento do preço do petróleo nesta segunda-feira (16), com a preocupação de fornecimento visto que metade da produção de Riad foi afetada pelos ataques.

Anteriormente, o presidente dos EUA, Donald Trump, tweetou que ele estava esperando que a Arábia Saudita apresentasse uma avaliação de "quem eles acreditam ser a causa deste ataque, e em que termos nós procederíamos", avisando que os EUA estavam "bloqueados e carregados enquanto aguardavam verificação".

A fonte de petróleo da Arábia Saudita foi atacada. Há razões para acreditar que conhecemos o culpado, estamos prontos e carregados, dependendo da verificação, mas estamos aguardando informações do Reino sobre quem possa ter causado o ataque e sob quais termos procederíamos!

Depois de o secretário de Estado norte-americano, Mike Pompeo, acusar o Irã de estar envolvido nos ataques, o ministro das Relações Exteriores iraniano, Mohammad Javad Zarif, rebateu as acusações, sugerindo que Pompeo tomou uma estratégia "ilusória" depois do fracasso da política norte-americana de "pressão máxima".

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