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STF decide manter Lula preso em Curitiba

A maioria dos ministros do Supremo Tribunal Federal resolveu acatar a decisão do relator da Operação Lava Jato, Edson Fachin, de manter o ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) preso em Curitiba, em vez de transferi-lo para o presídio de Tremembé, em São Paulo.
Sputnik

Desde abril do ano passado, Lula se encontra preso em uma sala especial da Superintendência da Polícia Federal (PF) na capital paranaense, onde cumpre pena por lavagem de dinheiro e corrupção passiva. Mas, nesta quarta-feira, um juiz estadual de São Paulo determinou que o ex-chefe de Estado fosse levado para a Penitenciária 2 de Tremembé, após uma autorização da Justiça Federal do Paraná. Indignados com a decisão, os advogados do político recorreram à corte máxima.

Ao receber os pedidos feitos pela defesa de Lula, o ministro Dias Toffoli, presidente do Supremo, concedeu a relatoria do caso a Fachin, que negou uma solicitação de liberdade mas determinou que o ex-presidente fosse mantido em Curitiba, decisão que foi levada a plenário.

Antes do veredicto do STF, parlamentares de diferentes partidos e correntes se mobilizaram em defesa dos direitos e garantias de Lula, denunciando o que eles consideram uma perseguição política. 

Segundo o Partido dos Trabalhadores, qualquer transferência do ex-presidente só poderia ser feita após o STF decidir sobre o habeas corpus que demanda anulação do julgamento por suspeição do ex-juiz Sérgio Moro, responsável pela condenação de Lula em primeira instância.​ Mas, de acordo com o recurso apresentado pela defesa, caso a transferência não pudesse ser suspensa, ela deveria ser para uma sala de Estado-Maior, devido a prerrogativas das quais Lula goza na qualidade de ex-presidente da República. 

O placar final da votação no Supremo foi de 10 votos favoráveis à permanência de Lula em Curitiba e 1 a favor de sua transferência para São Paulo.

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