Turquia nega estar forçando refugiados sírios a sair do país

A ordem do governo municipal de Istambul para que refugiados sírios não registrados deixem a província não tem por objetivo deportação de sírios, disse autoridade do ministério da Interior da Turquia.
Sputnik

O chefe da Direção Geral de Migração do Ministério do Interior da Turquia, Abdullah Ayaz, disse nesta quarta-feira que a medida administrativa busca conformidade com a lei.

No início de julho, o governo de Istambul emitiu uma declaração ordenando que todos os refugiados sírios não registrados, sem permissão de residência local, deixassem a província até dia 20 de agosto, sob ameaça de deportação.

"Não é legalmente possível tomar a decisão de deportar sírios devido à situação atual na Síria ... Há sírios que vivem em Istambul, embora estejam registrados em diferentes cidades. Esperamos que eles retornem às cidades onde estão registrados", disse Ayaz, citado pela agência de notícias Anadolu.

O chefe de migração ressaltou que os refugiados sírios não são os únicos a serem obrigados a cumprir as regras de migração.

"Adotamos medidas contra 12 mil imigrantes irregulares nos últimos 15 dias. Entre eles estavam 4 mil e 700 afegãos e 3 mil paquistaneses, enquanto o restante era de outras nacionalidades", observou Ayaz.

A Turquia abriga aproximadamente 3,7 milhões de imigrantes e refugiados, o número mais alto do mundo, segundo a Organização Internacional para as Migrações (OIM).

Cerca de 20 acampamentos e cidades-contêineres com infra-estrutura essencial, como escolas e instalações médicas, foram construídos nas regiões fronteiriças da Turquia especificamente para acomodar refugiados, que se recusam a se instalar e se mudar para outras partes do país.

Segundo as autoridades turcas, muitos imigrantes evitam o contato com as agências da lei e de migração do país, uma vez que a Turquia é vista como uma porta de entrada para a Europa.

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