Japão avalia possibilidade de interceptação de novos mísseis norte-coreanos

Ministério da Defesa do Japão acredita que a trajetória do míssil de curto alcance não é típica dos mísseis balísticos, o que dificulta sua interceptação.
Sputnik

O Ministério da Defesa do Japão, após estudo, chegou à conclusão que os novos mísseis voam relativamente baixo, enquanto sua trajetória não é própria de mísseis balísticos. Isto torna a interceptação de tais mísseis consideravelmente difícil.

Além disso, especialistas norte-americanos e sul-coreanos concluíram que os mísseis caíram a 600 km da área de lançamento, o que faz o Ministério da Defesa do Japão crer que eles podem alcançar o território do país.

Na sexta-feira, a agência central de notícias da Coreia do Norte informou sobre os lançamentos feitos na quinta, indicando que a "nova arma tática controlável" é capaz de voar a baixa altitude e mudar de trajetória, dificultando sua interceptação.

Considerando os fatos, o Japão pretende desenvolver, em cooperação com os EUA, um plano de contramedidas, de acordo com o canal NHK.

Na quinta-feira, foram realizados dois lançamentos de mísseis a partir da cidade portuária norte-coreana de Wonsan. Os mísseis caíram no mar do Japão após percorrer 600 km, sem atingir a zona econômica exclusiva do Japão.

Segundo alguns militares, este pode ser o mesmo tipo de mísseis que a Coreia do Norte disparou em 9 de maio. Eles são classificados condicionalmente como de classe KN23. A maioria dos especialistas considera esta categoria como mísseis balísticos de curto alcance.

Naquela vez, os mísseis percorreram 420 e 270 km a partir do ponto de lançamento, enquanto a altitude máxima de voo foi de 50 km.

Ao mesmo tempo, considerando as diferenças de alcance de voo dos KN23 e dos de quinta-feira, o Comitê Unido de Comandantes de Estado-Maior da Coreia do Sul acredita que o lançamento foi um teste de um novo míssil.

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