Cidades debaixo d'água seriam nosso destino para driblar superpopulação?

Quando o problema é superpopulação do planeta, os cientistas têm fantasiado há quase um século sobre a criação de casas e cidades subaquáticas, ou seja, as hidrópoles.
Sputnik

Hidrópoles são edifícios no fundo do oceano, que podem abrigar casas, hotéis, restaurantes ou laboratórios.

A ideia de criar casas subaquáticas chegou aos cientistas depois que eles viram o problema representado pela superpopulação do planeta, com o número de habitantes aumentando anualmente em 80 milhões. Eles estipulam que o nível crítico de superpopulação da Terra ocorrerá em meados do século XXI.

Os pesquisadores argumentam que a vida subaquática é muito mais confortável do que a terrestre, pois não há fenômenos atmosféricos, nem terremotos e muito menos mudanças na pressão.

As cidades subaquáticas são supostamente alimentadas por usinas de marés e geradores.

Embora as tentativas de se estabelecer no fundo do oceano ainda não terem se tornado realidade, alguns restaurantes e hotéis estão começando a dar os primeiros passos.

Estabelecimentos debaixo d'água

O hotel subaquático Jules Undersea Lodge, localizado no estado americano da Flórida, é um desses exemplos. O estabelecimento possui quartos que medem 15 metros de comprimento, 6 m de largura e 3 m de altura.

Cidades debaixo d'água seriam nosso destino para driblar superpopulação?

As hospedagens, que custam 300 dólares a diária, são equipadas com chuveiro, banheiro e ar condicionado. Também há frigobar, micro-ondas, TV e aparelhos de som e DVD.

Tanto o ar quanto a água e a eletricidade são fornecidos aos quartos do litoral por uma mangueira especial e, em caso de acidente, é instalado no hotel um sistema autônomo de resgate.

Na Noruega, há um restaurante subaquático que abriu as suas portas em março de 2019 ao longo da costa de Lindesnes. Ele é projetado para 40 pessoas que podem observar a vida das criaturas do mar através de uma janela panorâmica enquanto degustam a culinária.

Projeto colossal no fundo oceânico

Em 2012, a empresa japonesa Shimizu apresentou o projeto Ocean Spiral em alto mar, cujo conceito, se tornar realidade, poderá abrigar até 5.000 pessoas debaixo do mar.

O plano é que o projeto inclua uma esfera com um diâmetro de 500 metros flutuando na superfície da água.

Debaixo dela haverá uma pista espiral de 15 km de comprimento que a ligará ao centro de pesquisa, localizado a uma profundidade de cerca de três ou quatro quilômetros.

O Ocean Spirals, que custará cerca de US$ 26 bilhões em cinco anos, usará a diferença na temperatura da água do oceano e na pressão hidráulica para produzir energia e dessalinizar a água.

Em um futuro próximo, projetos de grande escala de complexos residenciais e cidades com arranha-céus, avenidas e lojas podem aparecer no fundo do oceano.

Há três anos, arquitetos dos Emirados Árabes Unidos apresentaram o projeto de um hotel subaquático em Dubai com quartos localizados a uma profundidade de 10 metros, para que assim os hóspedes possam explorar as profundezas oceânicas. O edifício do Hotel Water Discus tem a forma de uma nave espacial.

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Outro grande projeto de hidrópoles é o conceito do arquiteto britânico Phil Pauley, que propõe construir uma cidade autônoma chamada Sub-Biosphere no fundo do oceano. O projeto será composto por oito cápsulas gigantes com um diâmetro de 340 metros: uma usina, um módulo de observações e prédios residenciais que poderão receber 100 pessoas.

O arranha-céu subaquático The Gyre é mais um exemplo desse conceito aquático, que foi concebido em 2010. O edifício é uma estrutura invertida com uma área de 212 mil metros quadrados, que atingiria uma profundidade total de 400 metros.

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