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BC não descarta nova queda do PIB e aponta 'alto nível de ociosidade' na produção

Segundo o Banco Central a previsão é de que o Produto Interno Bruto (PIB) mantenha uma variação próxima da estabilidade.
Sputnik

Com isso, é possível afirmar que a instituição não descarta que a economia volte a encolher no 2º trimestre.

O diagnóstico foi apresentado nesta terça-feira (25), quando o Banco Central (BC) publicou a ata da reunião mais recente do Conselho de Política Monetária (Copom).

No documento, o BC afirma que o PIB "deve apresentar desempenho próximo da estabilidade no segundo trimestre".

Segundo o BC, os indicadores observados na avaliação da economia apresentam "interrupção do processo de recuperação da economia brasileira nos últimos trimestres". O Copom acredita, no entanto, em uma retomada gradual desse processo no futuro.

Ainda, o texto explica que a desaceleração da economia - que em 2017 e 2018 apresentou crescimento próximo de 1% - é resultado de "alto nível de ociosidade dos fatores de produção". Esse fator, aponta o BC, é visto no recuo da atividade industrial e se reflete na taxa de desemprego, que segue em alta.

A ata também explica a manutenção da taxa de juros, a Selic, em 6,5% ao ano. O resultado foi divulgado na semana passada.

O último resultado divulgado pelo IBGE mostra que a economia voltou a encolher no primeiro trimestre do governo de Jair Bolsonaro (PSL). A retração de 0,2%, caso seguida de um novo resultado negativo, aponta um estado de recessão técnica.

A ata do Copom fala ainda da necessidade de reformas como a da Previdência, aguardada pelo mercado.

O Copom é um órgão do Banco Central que reúne o presidente da instituição além de de seus diretores.

O órgão define a cada 45 dias a taxa básica de juros da economia no Brasil, a Selic, tendo em vista a manutenção da meta da inflação (IPCA).

A Selic serve como referência aos demais juros da economia e define rendimentos de títulos como os emitidos pelo Tesouro Nacional.

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