Bom vira excelente: como Rússia planeja modernizar helicópteros Ka-52

Os helicópteros de reconhecimento e ataque Ka-52 Alligator mostraram suas boas qualidades durante a guerra civil na Síria. A Sputnik preparou um material dedicado à próxima modernização dessa aeronave poderosa.
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Alta capacidade de manobra, cabine blindada, armamento muito potente e um sistema único de ejeção são só algumas das vantagens dos helicópteros de reconhecimento e ataque Ka-52 Alligator e sua versão naval Ka-52K Katran. As aeronaves passaram com êxito por provas na operação militar na Síria. No entanto, foi decidido realizar uma modernização para aperfeiçoar o helicóptero.

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Recentemente, o vice-ministro da Defesa da Rússia, Aleksei Krivoruchko, declarou que está planejado assinar em 2020 um contrato para compra de 114 helicópteros de ataque modernizados Ka-52M Alligator e a primeira aeronave de série será produzida até 2022.

A Força Aeroespacial da Rússia usou o Ka-52 Alligator na Síria desde abril de 2016. Como se sabe, em condições de combate o material bélico é usado no limite máximo das capacidades. Segundo os produtores, todas as falhas verificadas na utilização do helicóptero vão ser tomadas em consideração e corrigidas durante a modernização.

Em particular, o Alligator vai receber um novo sistema de abastecimento energético e de detecção de alvos. Em conformidade com o pedido dos militares, o alcance dos meios de ataque, assim como o nível de proteção da aeronave, vão ser aumentados, também alguns tipos de armamento vão ser unificados com os dos helicópteros da empresa Mil.

Os helicópteros Alligator mostraram suas boas qualidades na Síria, eliminando tanques, veículos blindados e pessoal do inimigo, realizando reconhecimento aéreo, assim como garantindo a segurança da base aérea de Hmeymim. Os militares destacaram a eficiência da aeronave nas operações de apoio dos grupos táticos de assalto sírios na retaguarda dos terroristas.

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A alta eficiência de fogo do K-52 permitiu às forças do governo atuar de forma imediata e rápida, capturando as posições dos terroristas quase sem baixas. Os helicópteros Ka-52 participaram ativamente da libertação de Palmira e apresentaram elevadas capacidades em condições difíceis de terreno montanhoso e desértico.

A versão naval do helicóptero Ka-52K Katran também foi usada na república árabe. Em novembro de 2017, as aeronaves decolavam do cruzador porta-aviões Admiral Kuznetsov para cumprir missões de combate. A diferença principal entre as duas versões são as pás e alas dobráveis os tornando compactos e facilitando o baseamento do helicóptero no convés ou no porão do navio.

Além disso, o helicóptero está equipado com um trem de aterragem reforçado, o que aumenta a capacidade de sobrevivência dos tripulantes em caso de pouso de emergência ou durante tormentas.

A empresa de aviação Progress, localizada na região de Primorie, produz os helicópteros Ka-52 Alligator em série. A elaboração da aeronave se iniciou em 1990 e seu projeto foi baseado em outro helicóptero único, o Ka-50 Chernaya Akula (Tubarão Negro).

Essa aeronave se destinava à detecção e identificação de objetivos no terreno, alvos terrestres móveis e fixos, neutralização de material bélico blindado, helicópteros, assim como aviões em voo baixo.

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As células dos Ka-50 e Ka-52 são quase idênticas, exceto o nariz da fuselagem, que se tornou mais aerodinâmico, e a tripulação que é constituída por dois pilotos. Ambas as aeronaves também estão equipadas com sistemas de ejeção únicos para helicópteros.

Outro traço distintivo do Ka-52 Alligator são os dois conjuntos de pás do rotor principal fixados no mesmo eixo. Essa arquitetura é mais complexa que a tradicional, com uma hélice motriz, mas têm uma série de vantagens, entre as quais estão a maior carga útil com dimensões menores, uma maior capacidade de manobra e a estabilidade do voo.

O Ka-52 Alligator é mais resistente ao vento lateral e às condições meteorológicas adversas, é capaz de realizar manobras complexas e voar para frente mesmo se deslocando de lado. Além disso, os helicópteros de duas hélices coaxiais são mais resistentes no campo de batalha e são capazes de voar só com uma hélice funcionado.

Durante os vários anos da operação militar na Síria, a Rússia perdeu apenas um helicóptero Ka-52, que caiu em 7 de maio de 2018 por causa de falha técnica.

O armamento do helicóptero Ka-52 é comum para a maioria dos helicópteros de ataque da Rússia: um canhão automático 2A42 de 30 mm, diferentes tipos de foguetes, bombas aéreas com peso até 500 quilogramas, mísseis ar-terra guiadas por laser e mísseis ar-ar. A carga útil total é de quase duas toneladas.

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Entretanto, o Ka-52 tem mísseis contra tanques Vikhr elaborados propositadamente para esse modelo. Os Vikhr são montados em um bloco de seis mísseis, são capazes de atingir a velocidade de até 610 metros por segundo, o míssil percorre quatro quilômetros em menos de 10 segundos. O sistema se destina a destruir veículos blindados e alvos aéreos de baixa velocidade. Sua orientação se efetua através do sistema de observação e pontaria Shkval com alcance até 10 quilômetros.

No âmbito da modernização dos Ka-52, o armamento vai ser unificado com o dos helicópteros da empresa Mil. Trata-se dos helicópteros de ataque Mi-28N Nochnoi Okhotnik (Caçador Noturno), Mi-35M e Mi-8AMTSh Terminator. O Ministério da Defesa da Rússia aposta neles para a aviação do Exército. A unificação vai aumentar as capacidades de combate dos helicópteros.

De qualquer modo, a Rússia conseguiu construir uma aeronave muito boa que foi apreciada pelo Exército. A próxima modernização vai elevar o Ka-52 para um novo nível. O ritmo de fornecimento dos helicópteros para o Exército comprova o sucesso desse modelo. Atualmente o Exército russo usa mais de 100 aparelhos Ka-52 e a quantidade deles vai aumentar.

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