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Bolsonaro vê rejeição ao seu governo ultrapassar aprovação, revela pesquisa

Mais brasileiros desaprovam o governo do presidente Jair Bolsonaro (PSL) do que aqueles que o aprovam, mostrou uma pesquisa divulgada nesta sexta-feira. É a primeira vez que isso aconteceu desde que o ex-capitão do Exército tomou posse no dia 1º de janeiro.
Sputnik

Os primeiros cinco meses do mandato de Bolsonaro foram marcados por uma economia fraca, que provavelmente se contraiu no primeiro trimestre, pelo fracasso em cultivar apoio político para sua agenda de reformas, controvérsias e algumas gafes.

De acordo com a última pesquisa da XP Investimentos / Ipespe, que entrevistou 1.000 brasileiros entre 20 e 21 de maio, 36% acham que o governo de Bolsonaro é ruim ou péssimo. Isso representa 5 pontos percentuais em relação à pesquisa anterior no início deste mês.

O número daqueles que pensam que o governo é bom ou ótimo caiu de 35% para 34%. A margem de erro é de 3,2 pontos percentuais, segundo a XP Investimentos.

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Os mercados brasileiros cambalearam nas últimas semanas, enquanto as lutas políticas e as divisões políticas freiam o progresso do projeto de Reforma da Previdência de Bolsonaro no Congresso. A aprovação do projeto é considerada vital para impulsionar o sentimento do investidor, do consumidor e do negócio, e trazer a economia do Brasil de volta à vida.

A esmagadora maioria dos brasileiros culpa governos anteriores e "fatores externos" pela atual situação econômica. Mas o número daqueles que culpam o governo de Bolsonaro dobrou para 10% em relação à pesquisa anterior, apenas três semanas antes, mostrou a pesquisa.

A confiança dos brasileiros na trajetória futura do governo também está se desgastando, de acordo com essa pesquisa, que mostra a diferença entre as perspectivas otimistas e pessimistas para o restante de seu mandato mais estreito do que nunca.

Cerca de 47% dos entrevistados disseram que o restante do mandato de Bolsonaro será bom ou ótimo, ante 51% no início deste mês, enquanto o número dos que dizem que será ruim ou terrível subiu de 27% para 31%.

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